Economia

Emprego na indústria sobe 0,2% em março ante fevereiro

Segundo IBGE, emprego no setor voltou a subir em março, mas ainda assim recuou na comparação com o mesmo mês de 2012

Trabalhadores consertam turbina na usina hidrelétrica de Furnas, na cidade de São José da Barra, em Minas Gerais (Paulo Whitaker/Reuters)

Trabalhadores consertam turbina na usina hidrelétrica de Furnas, na cidade de São José da Barra, em Minas Gerais (Paulo Whitaker/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 10 de maio de 2013 às 10h12.

São Paulo - O emprego na indústria brasileira voltou a subir em março ao registrar alta de 0,2 por cento ante fevereiro, mas ainda assim recuou na comparação com o mesmo mês de 2012, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira.

O resultado mensal mostrou melhora após queda de 0,3 por cento em dezembro, recuo de 0,1 por cento em janeiro e estabilidade em fevereiro.

Mas na comparação com março de 2012, o total de pessoal ocupado na indústria recuou 0,6 por cento, 18º resultado negativo consecutivo nesse tipo de confronto.

O resultado mensal acompanha o desempenho da produção industrial em março, que avançou 0,7 por cento frente a fevereiro, embora tenha ficado abaixo do esperado pelo mercado e destacado a fragilidade da recuperação econômica brasileira.

Segundo o IBGE, na comparação com março de 2012, o contingente de trabalhadores sofreu redução em nove das 14 áreas pesquisadas.

O principal impacto negativo veio de Região Nordeste, com queda de 3,7 por cento, com destaque para a redução no total do pessoal ocupado nas indústrias de alimentos e bebidas (-4,5 por cento), calçados e couro (-5,1 por cento) e refino de petróleo e produção de álcool (-11,0 por cento).

Rio Grande do Sul registrou queda de 2,3 por cento no número de pessoal ocupado na indústria, Pernambuco teve recuo de 6,3 por cento, São Paulo mostrou queda de 0,4 por cento e Bahia, de 4,5 por cento.

O IBGE informou ainda que o número de horas pagas caiu 0,4 por cento em março em relação ao mês anterior, após alta de 0,1 por cento em fevereiro.

Na comparação com um ano antes, houve recuo de 1,5 por cento, no 19º resultado negativo, com taxas negativas em 13 dos 14 locais pesquisados.

Mesmo após várias medidas de estímulo do governo, a indústria brasileira vem mostrando desempenho instável neste início de ano, destacando a fragilidade da recuperação econômica.

Soma-se a esse cenário de preocupação o nível elevado dos preços, que obrigou o Banco Central a iniciar um ciclo de aperto monetário no mês passado, elevando a Selic em 0,25 ponto percentual, para 7,50 por cento ao ano.

Mas apesar da falta de sinais de uma recuperação econômica mais robusta, a taxa de desemprego brasileira se mantém em nível baixo, a 5,7 por cento em março.

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