Economia

Emprego na indústria paulista caiu em setembro

Resultado faz o setor acumular alta de 2,3% na quantidade de empregos criados em 2011

A atividade do setor de veículos automotores teve queda de 9%, a mais alta do mês  (Germano Lüders/EXAME.com)

A atividade do setor de veículos automotores teve queda de 9%, a mais alta do mês (Germano Lüders/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 27 de outubro de 2011 às 15h18.

São Paulo – O nível de emprego da indústria paulista caiu 0,7% em setembro (com ajuste sazonal), de acordo com o Indicador de Nível de Atividade da Indústria (INA), divulgado mensalmente pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). Sem o ajuste sazonal, a variação foi -2,6% em relação a agosto.

Na comparação com setembro do ano passado, a atividade da indústria cresceu 0,8%. No acumulado do ano, a elevação foi 2,3% ante os nove primeiros meses de 2010. E no período de 12 meses terminado em setembro, a atividade da indústria cresceu 2,6%.

Entre os setores, destacaram-se veículos automotores, cuja atividade industrial caiu 9% de agosto para setembro, minerais não metálicos (-3%) e máquinas e equipamentos (-2,5%).

De acordo com o diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) da Fiesp, Paulo Francini, o resultado de setembro não deixa dúvidas de que a economia está crescendo em ritmo mais moderado. “Eu diria que, comparativamente, a crise atual seria um quarto dos efeitos da crise de 2008. Porém, a crise financeira mundial chegou e a economia brasileira já cresce a um ritmo menor”.

Na avaliação de Francini, o nível de atividade da indústria deve fechar o ano em 2%. “Resultados bem mais medíocres do se esperava”. Segundo ele, a Europa dá demonstrações de que ainda não tem uma solução para a crise econômica e há ainda muitas perguntas não respondidas. “O mundo sabe que está caminhando para uma redução da atividade econômica e o Brasil vai junto”.

Francini disse que o consumo no Natal não deve ser "glorioso", mas os presentes vão estar embaixo da árvore, mesmo que mais baratos. “Não se prevê grandes choques para a economia brasileira. A economia brasileira tem graus de flexibilidade variados nas políticas fiscal e monetária, tem um espaço enorme para redução da taxa Selic [de juros básicos da economia] e [empréstimos] compulsórios [sobre depósitos bancários] para atenuar os efeitos da crise”.

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