Economia

Emprego deve retomar pré-crise só no 2º semestre

Apesar da recuperação nos últimos meses, o emprego industrial só deve voltar aos níveis anteriores ao agravamento da crise financeira (em setembro de 2008), no segundo semestre deste ano, dizem os economistas. O gerente executivo da Unidade de Política Econômica da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Flávio Castelo Branco, afirma que o ajuste que as […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h43.

Apesar da recuperação nos últimos meses, o emprego industrial só deve voltar aos níveis anteriores ao agravamento da crise financeira (em setembro de 2008), no segundo semestre deste ano, dizem os economistas. O gerente executivo da Unidade de Política Econômica da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Flávio Castelo Branco, afirma que o ajuste que as empresas foram obrigadas a fazer na fase mais aguda da crise dificulta esse processo, já que parte das vagas fechadas não deverão ser recuperadas antes da retomada dos investimentos.

"Todo processo de crise forte como a que vivemos leva à necessidade de um ajuste de produtividade muito grande, que é um ganho que fica, mas acaba se refletindo no mercado de trabalho", diz o economista. "O positivo é que isso aumenta o poder de competição das empresas, que podem assim retomar mais rapidamente o seu processo de investimento e contratar novas equipes, num segundo momento."

O economista-chefe da LCA Consultores, Bráulio Borges, observa que, enquanto puder auferir ganhos de produtividade, o empresário normalmente não contrata mais mão de obra. "Neste momento, a produtividade cresce num ritmo muito forte, justamente porque as empresas demitiram muita gente, e boa parte delas tem conseguido aumentar a produção sem fazer contratações."

Para Borges, embora o ritmo de recuperação do emprego industrial tenha acelerado em outubro e novembro, ainda falta muito chão para chegar ao nível de setembro de 2008. "Ainda existem 167 mil trabalhadores com carteira assinada que não recuperaram o seu emprego na indústria", diz o economista, tendo como base dados referentes a novembro, do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho.

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