Economia

Empregado compromete duas vezes mais o orçamento com comida

Os empregados domésticos concentram 23,3% de suas despesas com alimentação, mais do que o dobro do percentual gasto por empresários com comida


	Supermercado: enquanto as famílias da Região Centro-Oeste comprometem apenas 14,1% com alimentação, no Norte, esse percentual sobe para 21,6%
 (Lia Lubambo/EXAME.com)

Supermercado: enquanto as famílias da Região Centro-Oeste comprometem apenas 14,1% com alimentação, no Norte, esse percentual sobe para 21,6% (Lia Lubambo/EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 14 de setembro de 2012 às 10h44.

Rio de Janeiro – Os brasileiros gastam, em média, 16,2% do seu orçamento com alimentação. O comprometimento do orçamento familiar com comida, no entanto, varia entre os diferentes tipos de trabalhadores. Os empregados domésticos, por exemplo, concentram 23,3% de suas despesas com alimentação.

Isso é mais do que o dobro do percentual do orçamento gasto pelos empresários com comida (11,5%). Há diferença, inclusive entre empregados privados, que gastam 17,1% com comida, e os empregados públicos, que comprometem 12,5% do orçamento.

Os dados estão na Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008-2009 – Perfil das Despesas do Brasil, divulgada hoje (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com o tipo de emprego, também muda o espaço para aumentar o patrimônio. Enquanto trabalhadores domésticos conseguem usar apenas 2,2% do seu orçamento com o aumento de patrimônio, a porcentagem entre os empresários é quase cinco vezes maior: 9,9%. A média geral é 5,9%.

Há diferenças também entre as regiões. Enquanto as famílias da Região Centro-Oeste comprometem apenas 14,1% do orçamento com alimentação, no Norte, esse percentual sobe para 21,6%. No Nordeste, apenas 4,8% do orçamento são usados no aumento do patrimônio familiar; na Região Sul, esse índice sobe para 9,3%.

A composição familiar também influencia os gastos do brasileiro. Casais sem filhos gastam 14% do orçamento com alimentação e 7,3% com aumento do patrimônio. Já os casais com filhos e outros parentes representam gastam 18,2% com alimentos e apenas 4,2% com crescimento patrimonial.

Entre as religiões, os evangélicos de missão (igrejas históricas) comprometem 2,3% do seu orçamento com doações, duas vezes mais do que a média nacional, 1,1%. Mas eles também são aqueles que mais conseguem usar seu orçamento para aumentar o patrimônio (6,5%).

Acompanhe tudo sobre:AlimentaçãoEstatísticasFamíliaIBGEOrçamento federalTrigo

Mais de Economia

As duas áreas com maior oportunidade de disrupção no Brasil, segundo fundadores dos maiores VCs

INSS recebeu 480,6 mil pedidos de devolução de descontos no primeiro dia para solicitações

Alesp aprova aumento do salário mínimo paulista para R$ 1804; veja quem tem direito

PF faz busca e apreensão em investigação contra fraudes no INSS em descontos de aposentadorias