No acumulado do primeiro semestre, houve um resgate líquido de R$ 128,817 bilhões, motivo que levou a uma queda no estoque da DPF este ano (Andrew Harrer/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 24 de julho de 2013 às 15h43.
Brasília - A alta de 2,6% no estoque da Dívida Pública Federal (DPF) em junho sobre o mês anterior é explicada por uma emissão líquida no valor de R$ 31,737 bilhões e uma apropriação de juros de R$ 18,646 bilhões, conforme dados divulgados pelo Tesouro Nacional na tarde desta quarta-feira, 24.
As emissões diretas de títulos da Dívida Pública Mobiliária Federal Interna (DPMFi) somaram R$ 23,1 bilhões em junho, dos quais R$ 15 bilhões foram para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A emissão para o banco ocorreu no dia 28 do mês passado. No mesmo dia, foram emitidos R$ 8 bilhões destinados à Caixa Econômica Federal.
No acumulado do primeiro semestre, houve um resgate líquido de R$ 128,817 bilhões, motivo que levou a uma queda no estoque da DPF este ano. A dívida fechou 2012 em R$ 2,007 trilhões. No semestre, ocorreu uma redução de R$ 22,405 bilhões, ou menos 1,12%, em relação ao estoque de dezembro. Isso porque parte do impacto dos resgates líquidos foi neutralizada pela correção de juros, que somou R$ 106,411 bilhões de janeiro a junho deste ano.
Composição
A parcela de títulos atrelados à taxa Selic diminuiu de 21,45% em maio para 21,44% do total da Dívida Pública Federal (DPF) em junho, de acordo com os dados do Tesouro.
A participação de títulos prefixados passou de 39,16% em maio para 40,01% no mês passado. Os títulos atrelados à inflação fecharam junho em 34,07%, ante 34,62% do total da DPF em maio. O total de papéis corrigidos pela taxa de câmbio caiu de 4,77% para 4,48% do total da DPF.
As participações dos títulos prefixados e dos remunerados pela taxa Selic no estoque da DPF em junho continuaram fora dos parâmetros do Plano Anual de Financiamento (PAF). A meta do órgão é fechar o ano com uma fatia dos papeis prefixados entre 41% e 45% do total da dívida. O Tesouro também planeja fechar 2013 com a participação dos títulos remunerados pela Selic entre 14% e 19% do estoque.
No caso da Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPFi), a fatia de papéis prefixados passou de 40,42% em maio para 41,20% no mês passado.
Em relação aos títulos indexados a índices de preços, houve uma queda no período de 36,40% para 35,70% da DPMFi. No caso dos papéis corrigidos pela taxa básica de juros, houve queda na participação, passando de 22,56% para 22,47% em junho. Os títulos corrigidos pela variação cambial passaram de 0,62% para 0,63% no período.