Economia

Emirados Árabes não veem risco imediato ao transporte de petróleo

Estreito de Ormuz, próximo ao Irã, separa o Golfo Pérsico do Oceano Índico e escoa boa parte do petróleo mundial

Navio petroleiro: preços do petróleo operavam em leve queda nesta quarta-feira, após uma alta inicial, (bugto/Getty Images)

Navio petroleiro: preços do petróleo operavam em leve queda nesta quarta-feira, após uma alta inicial, (bugto/Getty Images)

R

Reuters

Publicado em 8 de janeiro de 2020 às 10h36.

Última atualização em 8 de janeiro de 2020 às 10h37.

Abu Dhabi — O ministro da Energia dos Emirados Árabes Unidos disse nesta quarta-feira que não vê risco imediato à passagem de petróleo pelo vital Estreito de Ormuz, depois que o Irã atacou bases que abrigam forças norte-americanas no Iraque.

Autoridades iranianas disseram que os ataques com mísseis foram uma resposta ao assassinato de sexta-feira do comandante iraniano Qassem Soleimani em Bagdá.

A situação não é uma guerra, e não deve haver exageros sobre o que está acontecendo agora, disse Suhail al-Mazrouei nos bastidores de uma conferência em Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes Unidos, produtora da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep).

O estreito de Ormuz separa o Golfo Pérsico do Oceano Índico e escoa boa parte do petróleo mundial.

"Não vamos ver uma guerra", acrescentou. "Esta é definitivamente uma escalada entre os Estados Unidos, que são aliados, e o Irã, que é um vizinho, e a última coisa que queremos é mais tensão no Oriente Médio".

Os preços do petróleo operavam em leve queda nesta quarta-feira, após uma alta inicial, bem abaixo da máximas atingidas na véspera, um dia frenético para o mercado após os ataques com mísseis elevarem expectativas de um conflito crescente e uma possível interrupção dos fluxos de petróleo.

O ministro do Petróleo do Irã, Bijan Zanganeh, afirmou na quarta-feira, segundo a agência semi-oficial de notícias ISNA, que Teerã estava se beneficiando do aumento dos preços do petróleo. Ele também pediu aos Estados Unidos que deixem a região.

"A tendência dos preços do petróleo é de alta e isso beneficia o Irã. Os americanos devem parar de perturbar a região e deixar o povo da região viver", disse Zanganeh.

O secretário-geral da Opep, Mohammed Barkindo, disse na conferência em Abu Dhabi que instalações de petróleo no Iraque, o segundo maior produtor da Opep, estão com a segurança garantida e que a produção continua.

Ele disse que há uma capacidade ociosa global da indústria de petróleo em torno de 3 milhões a 3,5 milhões de barris por dia (bpd), a maior parte detida pela Arábia Saudita, principal produtor da Opep.

Acompanhe tudo sobre:Estados Unidos (EUA)Irã - PaísPetróleo

Mais de Economia

Governo reduz contenção de despesas públicas de R$ 15 bi para R$ 13 bi e surpreende mercado

Benefícios tributários farão governo abrir mão de R$ 543 bi em receitas em 2025

“Existe um problema social gerado pela atividade de apostas no Brasil”, diz secretário da Fazenda

Corte de juros pode aumentar otimismo dos consumidores nos EUA antes das eleições