Economia

Embarque de carne suína cai 24,9% em maio

No acumulado do ano, a receita com exportação de carne suína registra alta de 28,9% em relação ao ano anterior

Carne: a receita cambial em maio caiu 1,3%, para US$ 123,7 milhões (Nacho Doce/Reuters)

Carne: a receita cambial em maio caiu 1,3%, para US$ 123,7 milhões (Nacho Doce/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 16 de junho de 2017 às 13h21.

São Paulo - A exportação brasileira de carne suína (considerando todos os produtos, entre in natura, embutidos e outros processados) apresentou queda de 24,9% em maio, para 48,8 mil toneladas, em comparação com 65 mil t no mesmo mês do ano passado.

A receita cambial em maio caiu 1,3%, para US$ 123,7 milhões, ante US$ 125,3 milhões no quinto mês de 2016. O levantamento é da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

No acumulado do ano, a receita com exportação de carne suína registra alta de 28,9% em relação ao ano anterior. Ao todo, o resultado atingiu US$ 658,7 milhões neste ano, frente a US$ 510,9 milhões em 2016.

Em volumes embarcados, os exportadores de carne suína acumulam retração de 4,4% entre janeiro e maio. No total, foram exportadas 279,1 mil toneladas, em comparação com 291,9 mil toneladas em 2016.

Maior importador de carne suína do Brasil (com 40,3% do total), a Rússia foi destino de 111,1 mil toneladas entre janeiro e maio deste ano, volume 10% superior ao obtido no mesmo período do ano passado.

O presidente-executivo da ABPA, Francisco Turra, informa em comunicado que, "principal parceira comercial do Brasil no setor de suínos, a Rússia tem incrementado suas compras nos últimos anos, confiando ao setor brasileiro uma importante parcela do fornecimento destes produtos ao seu mercado. Hoje, os exportadores brasileiros são responsáveis pela maioria absoluta das importações russas de carne suína".

Em segundo lugar, Hong Kong importou 58,2 mil toneladas no mesmo período (21,1% do total), volume 22% inferior ao realizado nos cinco primeiros meses de 2016. Para a China (3º maior importador) foram embarcadas 22,3 mil toneladas (8,1% do total), volume também 22% menor em relação ao ano anterior.

Consolidada na quarta posição, para a Argentina foram embarcadas 14,8 mil toneladas (5,4% do total), volume 80% superior na comparação com o ano passado.

"Com crescimento expressivo desde meados de 2016, as exportações para a Argentina agora assumiram um papel estratégico nas vendas internacionais brasileiras, passando a liderar as vendas do setor de suínos na América do Sul", ressalta Ricardo Santin, vice-presidente de mercados da ABPA.

Santa Catarina, maior Estado exportador de carne suína do Brasil, embarcou entre janeiro e maio o total de 113,3 mil toneladas, volume 8% maior em relação ao mesmo período do ano passado. E

m segundo lugar, o Rio Grande do Sul foi responsável pelos embarques de 78,8 mil toneladas no período (-10%). Paraná, com 37,9 mil toneladas (+4%), Mato Grosso, com 17,2 mil toneladas (-13%) e Goiás, com 14,7 mil toneladas (-39%) completam a lista dos cinco maiores Estados exportadores.

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