Economia

Embargo russo pode causar riscos ao setor de carnes

Agência reguladora russa vetou importação de nove frigoríficos de carne bovina e um de suína


	Bois e vacas no pasto: para analistas, restrições podem afetar imagem do rebanho do país
 (SXC.Hu)

Bois e vacas no pasto: para analistas, restrições podem afetar imagem do rebanho do país (SXC.Hu)

DR

Da Redação

Publicado em 29 de setembro de 2013 às 17h13.

São Paulo (AE) - A nova restrição temporária imposta pelo Serviço Federal de Fiscalização Veterinária e Fitossanitária da Rússia (Rosselkhoznadzor) à importação de nove unidades frigoríficas de carne bovina e uma de suína pode ter riscos à imagem do setor no comércio mundial de carnes.

Para o diretor da Ativa Corretora, em relatório ao mercado, a suspensão não afeta as companhias, porque elas podem direcionar o atendimento ao mercado de outras unidades sem custos significativos.

"Porém, o fato da suspensão ter sido causada por razões sanitárias e veterinárias, ainda mais por órgãos de países estrangeiros, corrobora as preocupações com um dos maiores riscos do setor no Brasil, o de regulação sanitária", afirmou o especialista, no documento.

Já para o analista do BB Investimentos, Nataniel Cezimbra, também em relatório ao mercado, há riscos consideráveis para as companhias. Dentre eles, o risco de receita, já que o mercado russo é o principal importador de carne bovina brasileira; de custos, relacionados à realocação das plantas produtoras para exportação e comercial de exposição ao mercado russo, pois o mercado diminuirá sua dependência de importação de proteínas.

"Neste primeiro momento não alteraremos nossos preços-alvo ou ratings, pois acreditamos que as companhias possuam flexibilidade à adequação das mudanças operacionais e comerciais. Acompanharemos os desdobramentos deste evento para incorporá-los de forma justa em nossas avaliações", declarou o analista.

Acompanhe tudo sobre:AgronegócioAgropecuáriaÁsiaEuropaIndústriaRússia

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto