Economia

Em meio à crise no governo, Galípolo diz ser positivo fiscal estar no centro do debate no país

BC vê com bons olhos o debate sobre medidas estruturantes que possam dar uma sinalização positiva da dívida, afirma

Gabriel Galípolo: presidente do Banco Central preferiu olhar para o lado positivo para as divergências entre Congresso e o Governo (Lula Marques/Agência Brasil)

Gabriel Galípolo: presidente do Banco Central preferiu olhar para o lado positivo para as divergências entre Congresso e o Governo (Lula Marques/Agência Brasil)

Agência o Globo
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Publicado em 26 de junho de 2025 às 14h12.

Última atualização em 26 de junho de 2025 às 15h15.

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Em meio à alta temperatura da crise entre governo e Congresso no tema fiscal, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, preferiu olhar para o lado positivo e disse que, ao contrário de outros países, o tema das contas públicas é central no debate nacional atualmente.

— No caso brasileiro, o ponto positivo é que está ocorrendo uma discussão sobre esse tema. O tema central que vem sendo debatido é justamente como endereçar essa questão de ter medidas estruturantes para permitir a sustentabilidade da evolução da dívida pública. Isto é um ponto muito positivo. Você pode comparar com outros países, em que talvez a crítica de que está acompanhando, é que isso não é um tema, ou que não tem a devida centralidade ou importância. Isso a gente não pode dizer — disse, em entrevista à imprensa nesta quinta-feira.

Galípolo ainda afirmou que esses debates ocorrem "com avanços e bloqueios de maneira menos linear", que são próprios do movimento democrático.

Nesta quarta, o governo sofreu uma derrota avassaladora no Congresso, com a derrubada por ampla maioria do decreto que elevava o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

O presidente do BC ainda disse que em todas as conversas com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, houve sempre muita disposição em pensar em soluções fiscais, assim como nas interlocuções com os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP).

Galípolo destacou que o BC vê com bons olhos o debate sobre medidas estruturantes que possam dar uma sinalização positiva da dívida, especialmente com cenário conturbado internacional.

— Sinalização nesse sentido pode oferecer vantagem competitiva muito grande para o país.

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