Economia

Em ligação, Trump e príncipe saudita discutem sobre petróleo

Arábia Saudita deu início a tensões no mercado de petróleo após decidir reduzir preços

Donald Trump: preços do petróleo subiram cerca de 8% nesta terça-feira, um dia após registrarem sua maior queda em 30 anos (Drew Angere/Getty Images)

Donald Trump: preços do petróleo subiram cerca de 8% nesta terça-feira, um dia após registrarem sua maior queda em 30 anos (Drew Angere/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 10 de março de 2020 às 10h32.

Última atualização em 10 de março de 2020 às 10h35.

São Paulo — O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, conversou com o príncipe herdeiro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, em um telefonema na segunda-feira para discutir sobre os mercados globais de energia, entre outros assuntos, disse um porta-voz da Casa Branca nesta terça-feira.

Os preços do petróleo subiram cerca de 8% nesta terça-feira, um dia após registrarem sua maior queda em 30 anos, após a Arábia Saudita, maior exportador mundial da commodity, aumentar as tensões com um plano de ampliar a produção.

Arábia Saudita versus Rússia

A decisão da Arábia Saudita de reduzir seus preços na produção de petróleo foi uma retaliação à Rússia, que não topou fazer cortes na produção junto à Organização dos Países Produtores e Exportadores de Petróleo (Opep) como resposta aos impactos do coronavírus na demanda por petróleo.

Com a epidemia na China, a demanda pela commodity caiu e os preços despencaram nas últimas semanas. A situação levou a Arábia Saudita, que lidera a Opep, a propor os cortes na produção. Como a Rússia "não se importava" os preços baixos causados pelo coronavírus, o país boicotou a proposta dos árabes.

Com a decisão de influenciar os preços de petróleo a caírem ainda mais — contrária aos seus objetivos iniciais de pressionar por um aumento do valor do barril — a Arábia Saudita se coloca como concorrente do petróleo russo.

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