Economia

Em Harvard, Dilma fala sobre importância da América Latina

Para a presidente, a relação do Brasil com a região é exemplo para os países desenvolvidos

A governante defendeu maior integração, cooperação e aumento dos investimentos conjuntos, especialmente em infraestrutura entre os países (Roberto Stuckert Filho/Presidência da República)

A governante defendeu maior integração, cooperação e aumento dos investimentos conjuntos, especialmente em infraestrutura entre os países (Roberto Stuckert Filho/Presidência da República)

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Da Redação

Publicado em 15 de julho de 2012 às 10h23.

Washington - A presidente brasileira, Dilma Rousseff, ressaltou no fim de sua visita aos Estados Unidos a importância da relação com a América Latina para o Brasil, colocada por ela como um exemplo para os países desenvolvidos.

Em discurso diante de um auditório de alunos na Universidade de Harvard, grande parte latino-americana, Dilma afirmou que a América Latina é um 'orgulho' para o mundo, após décadas de problemas muito sérios e lembrou que as relações com países do continente são importantes para o Brasil.

A governante defendeu maior integração, cooperação e aumento dos investimentos conjuntos, especialmente em infraestrutura entre os países.

Dilma falou que o processo de crescimento com distribuição de riqueza nas economias do continente é um exemplo de recuperação para as desenvolvidas. Ainda sobre a crise, a presidente lembrou que as políticas de consolidação fiscal não garantem crescimento. 'Além de políticas fiscais sólidas, é fundamental um aumento dos investimentos para retomar o crescimento', disse a governante.

A presidente falou também sobre as políticas de expansão monetária. 'São um problema para os países emergentes por causa da desvalorização de suas moedas afetarem a indústria manufatureira dos emergentes', reiterou Dilma.

A presidente brasileira mencionou também a importância dos Estados Unidos tanto para o continente quanto para um mundo cada vez mais multipolar.

'Em um mundo multipolar, os Estados Unidos tem um papel importante porque dispõe de uma economia flexível, são líder em pesquisa e desenvolvimento científicos e nas forças democráticas que o fundaram', disse.

Dilma aproveitou para falar sobre as políticas do Brasil para aumentar a classe média no país, assim como a necessidade de fortalecer o investimento em ciência, pesquisa em inovação e para que cada vez mais jovens tenham acesso à educação superior.

Na última etapa de sua visita de três dias aos EUA, Dilma se reuniu com a cúpula do Instituto Tecnológico de Massachusetts (MIT), um dos mais prestigiados do planeta, e com o governador do estado, Deval Patrick, com quem conversou sobre possibilidades de intercâmbio estudantil.

Na reunião da última segunda-feira com o presidente americano Barack Obama, Dilma reprovou os riscos das injeções de liquidez dos Bancos Centrais dos países ricos.

Neste fim de semana, a governante brasileira participará da Cúpula das Américas de Cartagena (Colômbia), e afirmou que 'terá um papel fundamental para dar respostas para o momento que vivemos'.

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