Economia

Em Fórum Mundial, Levy sinaliza PIB estável em 2015

Segundo participantes do encontro, o ministro sinalizou que o ano será de ajustes e citou como exemplo o aumento de impostos anunciado nesta semana


	Joaquim Levy: realismo do ministro da Fazenda foi ressaltado por diversos presentes
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

Joaquim Levy: realismo do ministro da Fazenda foi ressaltado por diversos presentes (Ueslei Marcelino/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 21 de janeiro de 2015 às 15h48.

Davos, Suíça - O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, sinalizou nesta quarta-feira, 21, aos participantes de almoço no Fórum Econômico Mundial que o crescimento da economia brasileira tende a ficar "estável" ("flat", em inglês) em 2015.

Segundo diversos participantes do encontro, que conversaram com o Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, sob condição de anonimato, o ministro sinalizou que o ano será de ajustes e citou como exemplo o aumento de impostos anunciado nesta semana.

O almoço foi fechado à imprensa.

Joaquim Levy e o ministro da Fazenda da Colômbia, Mauricio Cardenas, conversaram com um grupo de cerca de 80 empresários e investidores, sendo metade do grupo composto por brasileiros e metade por estrangeiros.

O encontro durou 1h30 e os presentes deixaram o local com uma impressão positiva do ministro brasileiro.

"Ele pareceu um ministro muito realista e profissional", disse um dirigente de empresa farmacêutica da Europa.

"O ministro disse o que precisa ser feito, como atrair investimentos, e mostrou o que já fez, como o aumento de impostos. Pareceu muito transparente", disse um executivo da Bélgica.

O realismo de Levy foi ressaltado por diversos presentes. Um dos motivos foi o reconhecimento de que a economia brasileira deverá ter crescimento perto de zero em 2015.

Aos presentes, Levy disse que o Produto Interno Bruto tende a ficar "estável" - usou o termo "flat" para falar do PIB neste ano.

Após o almoço com Levy, presentes afirmaram que 2015 será um ano para "reconquistar a confiança" no Brasil.

"Ele falou com muita franqueza sobre os problemas do país e citou o aumento de impostos como uma mostra do que começa a ser feito", disse um grande empresário brasileiro.

"Estamos em um processo de retroalimentação. Já temos aumento de impostos e ele sinaliza que vai continuar com os ajustes necessários", comentou.

Levy anunciou o aumento de impostos que deverá gerar quase R$ 21 bilhões aos cofres públicos horas antes de embarcar para o Fórum Econômico Mundial em Davos, nos Alpes suíços.

Acompanhe tudo sobre:economia-brasileiraJoaquim LevyMinistério da Fazenda

Mais de Economia

Alckmin entra hoje no terceiro dia de conversas com setores afetados por tarifa de Trump

Índice Big Mac: real está 28,4% subvalorizado e tarifas de Trump já pressionam consumidores globais

Senado aprova em 1º turno projeto que tira precatórios do teto do arcabouço fiscal

Moraes mantém decreto do IOF do governo Lula, mas revoga cobrança de operações de risco sacado