Economia

Em 2017, desigualdade se intensificou em 4 das 5 grandes regiões do Brasil

De acordo com o IBGE, no ano passado, os 10% da população com os menores rendimentos detinham apenas 0,7% de toda a massa de renda do país

Desigualdade: na passagem de 2016 para 2017, tanto o rendimento médio quanto a massa de renda diminuíram (Mario Tama/Getty Images)

Desigualdade: na passagem de 2016 para 2017, tanto o rendimento médio quanto a massa de renda diminuíram (Mario Tama/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 11 de abril de 2018 às 11h21.

Última atualização em 11 de abril de 2018 às 11h23.

Rio - A desigualdade aumentou em quatro das cinco grandes regiões do Brasil, na passagem de 2016 para 2017, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O Índice de Gini - indicador mede a desigualdade de renda - referente ao rendimento médio real domiciliar per capita manteve-se em 0,549 em 2017.

A estabilidade em comparação ao ano anterior ocorreu por conta de uma queda na região Sudeste, onde o Gini passou de 0,535 em 2016 para 0,529 no ano passado. Em todas as demais regiões, porém, houve piora.

Numa escala de 0 a 1, quanto maior o indicador, pior é a distribuição dos rendimentos. No Nordeste, o Gini subiu de 0,555 em 2016 para 0,567 em 2017; no Norte, passou de 0,539 para 0,544; no Sul, de 0,473 para 0,477; e no Centro-Oeste, de 0,523 para 0,536.

No ano passado, os 10% da população com os menores rendimentos detinham apenas 0,7% de toda a massa de renda do País. Já os 10% com maior renda concentravam 43,3% de toda a riqueza, montante superior à massa detida por 80% da população com renda mais baixa.

Na passagem de 2016 para 2017, tanto o rendimento médio quanto a massa de renda diminuíram, embora a virada de ano tenha marcado o fim do período de recessão econômica no País.

A renda média mensal real per capita foi de R$ 1.271 no ano passado, ante R$ 1.285 em 2016. A massa de rendimento médio mensal real domiciliar per capita foi de R$ 263,1 bilhões em 2017, após ter alcançado R$ 263,9 bilhões no ano anterior.

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