Economia

Eletros pede prorrogação de redução do IPI

A medida foi anunciada em dezembro do ano passado pelo governo como uma das ações de estímulo à economia

Loja do Ponto Frio: a negociação para quebrar o Pão de Açúcar em dois começou em setembro, após a reunião do conselho (Germano Lüders/EXAME.com)

Loja do Ponto Frio: a negociação para quebrar o Pão de Açúcar em dois começou em setembro, após a reunião do conselho (Germano Lüders/EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 20 de junho de 2012 às 17h04.

Brasília - O presidente da Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros), Lourival Kiçula, pediu nesta quarta-feira ao Ministério da Fazenda que seja prorrogada a redução da alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para itens da linha branca.

A medida foi anunciada em dezembro do ano passado pelo governo como uma das ações de estímulo à economia. A redução do IPI terminaria no final de março, mas foi prorrogada por mais três meses. Por isso, o setor já se mobiliza para evitar uma elevação do tributo a partir de julho. "Imagine como ficará o consumo se vier a seguinte notícia: IPI volta a aumentar", comentou Kiçula, após encontro com o secretário executivo do ministério da Fazenda, Nelson Barbosa.

O presidente da Eletros disse que foi o primeiro encontro com o governo para pedir a extensão do benefício. Barbosa, segundo ele, pediu à Eletros que apresente um estudo sobre o desempenho do setor. Uma nova reunião será marcada. "Nós seremos convocados", disse. As alíquotas de IPI para geladeira estão em 5% e para máquina de lavar, 10%. Fogões e tanquinhos estão isentos de IPI.


"Claro que gostaríamos que a redução do IPI fosse prorrogada", declarou. O presidente da Eletros informou que as vendas cresceram entre 5% e 10%, dependendo do produto, no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado, mas voltaram a registrar queda em abril. Os dados de maio mostraram uma nova recuperação, com alta em torno de 5% em relação ao mesmo mês de 2011.

Kiçula disse que o governo está interessado no comportamento do mercado deste mês e que, por isso, o setor deve apresentar um balanço com a tendência das vendas na próxima semana. Ele relatou que, apesar da grande expectativa do setor sobre a continuidade do IPI reduzido, o governo não sinalizou se manterá o benefício para os produtos. Mais do que isso, Barbosa teria perguntado sobre as contrapartidas dadas pelo setor à diminuição do imposto, como eficiência energética, estimulo às vendas e aumento dos investimentos.

Termina também no dia 30 deste mês a redução de IPI para luminárias, lustres, papeis de parede, laminados e revestimentos e móveis. Para as luminárias, a alíquota baixou de 15% para 5%, enquanto para laminados de 15% para 0%; papel de parede de 20% para 10%; e para móveis de 5% para 0%. Na ocasião, o governo condicionou o benefício tributário à manutenção dos empregos.

Acompanhe tudo sobre:GovernoImpostosIPILeão

Mais de Economia

Benefícios tributários farão governo abrir mão de R$ 543 bi em receitas em 2025

“Existe um problema social gerado pela atividade de apostas no Brasil”, diz secretário da Fazenda

Corte de juros pode aumentar otimismo dos consumidores nos EUA antes das eleições

Ministros apresentam a Lula relação de projetos para receber investimentos da China