Mursi explicou que as negociações para a conclusão do empréstimo, considerado vital para a economia do país árabe, estão sendo encaminhadas "positivamente" (Fayez Nureldine/AFP)
Da Redação
Publicado em 6 de maio de 2013 às 07h00.
Cairo - O Egito fechará o acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI) para receber um empréstimo de US$ 4,8 bilhões "no final de maio ou no início de junho", embora ainda dependa da resolução de "algumas divergências singelas", afirmou o presidente egípcio, Mohammed Mursi.
Em entrevista exclusiva à Agência Efe, Mursi explicou que as negociações para a conclusão do empréstimo, considerado vital para a economia do país árabe, estão sendo encaminhadas "positivamente" e serão concluídas depois que o Parlamento aprovar um pacote de reformas legais.
O presidente reconheceu que o programa do empréstimo inclui a "racionalização dos subsídios", principalmente dos energéticos, embora tenha insistido que o acordo não afetará os cidadãos de baixa renda.
"As negociações ainda continuam entre nós e o FMI. Prevejo que terminaremos o acordo no final de maio ou no início de junho. No entanto, existem ainda algumas divergências singelas nos pontos de vista sobre como esse acordo deve ser", assinalou.
Segundo Mursi, a premissa para as autoridades egípcias é que o programa não deve afetar que tenha baixa renda, enquanto o papel do FMI deve se limitar à "assessoria e experiência no âmbito do desenvolvimento econômico".
Recentemente, o FMI explicou que o Egito poderá ter acesso a quase US$ 2 bilhões do empréstimo no primeiro lote, sendo que o restante será repassado a cada três meses. O valor do empréstimo deverá ser devolvido após três anos a uma taxa de juros de entre 1,1% e 1,5%.
"Há problemas imediatos que é preciso ser solucionado e que afetam o cidadão, como o tema dos subsídios, sobretudo aos combustíveis", indicou Mursi, que ressaltou que "em poucas semanas" essas pendências deverão estar solucionadas.
Ao longo da entrevista, o presidente quis deixar claro que os subsídios estatais aos produtos básicos e energéticos entre as camadas sociais com menos recursos serão mantidos, mas somente para "merecer".
*Matéria atualizada às 07h