Economia

Educação é a área mais afetada por novo bloqueio de gastos do governo; veja os números

O total de recursos congelados para cumprir as regras fiscais em 2024 agora soma R$ 17.588.790.421

 (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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Agência o Globo
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Publicado em 30 de novembro de 2024 às 14h56.

O governo Lula detalhou nesta sexta-feira o bloqueio de gastos anunciado na semana passada para cumprir as regras fiscais.

O Executivo também anunciou que o bloqueio total será R$ 1,7 bilhão menor porque o governo cortou gastos de repasse a ações culturais via Lei Aldir Blanc.

No total, o novo bloqueio é de R$ 5,5 bilhões. Ao todo,os recursos congelados no ano chegam a R$ R$ 17,5 bilhões.

As áreas mais afetadas pelo novo bloqueio foram:

  • Ministério da Educação: R$ 1,6 bilhão
  • Ministério das Cidades: R$ 1 bilhão
  • Ministério dos Transportes: R$ 956 milhões
  • Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional: R$ 367 milhões

Bloqueio total

Considerando o bloqueio total de gastos, de R$ 17,5 bilhões, as áreas mais atingidas são:

  • Ministério da Saúde: R$ 4,3 bilhões
  • Ministério da Educação: R$ 3 bilhões
  • Ministério das Cidades: R$ 2,4 bilhões
  • Ministério dos Transportes: R$ 1,9 bilhão
  • Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome: R$ 1 bilhão

Déficit

A projeção para o déficit primário este ano é de R$ 28,7 bilhões, contra R$ 28,3 bilhões até setembro. A meta é de resultado zero, com intervalo de tolerância de até 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB), ou R$ 28,8 bilhões. Assim, governo prevê fechar o ano com déficit próximo ao limite previsto no arcabouço fiscal. A diferença é de apenas R$ 18,9 milhões.

Mais uma vez, bloqueio foi necessário para não estourar o limite de gastos devido ao crescimento maior do que o esperado de despesas obrigatórias, como os benefícios previdenciários e assistenciais.

Segundo nota divulgada à imprensa pelo Ministério do Planejamento, houve aumento de R$ 7,7 bilhões na estimativa de gasto com benefícios previdenciários, devido ao comportamento da despesa no bimestre de setembro e outubro.

O relatório destaca ainda que o efeito do pente-fino nos gastos do INSS ficou aquém do esperado. Para este ano, a previsão era de economia de R$ 6,8 bilhões, R$ 3,7 bilhões com o uso do Atestmed - concessão de benefícios de curta duração por análise documental - e o restante, principalmente, com a reavaliação dos benefícios por incapacidade.

A previsão para o Benefício de Prestação Continuada (BPC) subiu bem menos, R$ 612 milhões. O Planejamento destacou que a expansão foi parcialmente compensada pela redução na projeção para despesas com pessoal, de R$ 1,9 bilhão.

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