Economia

Eduardo Braga diz não crer em reajuste de tarifa de 40%

O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, disse que o reajuste nas tarifas de energia neste ano pode sofrer uma "mudança significativa"


	Eduardo Braga: "Estou falando em um reajuste menor que 40%"
 (Agência Brasil)

Eduardo Braga: "Estou falando em um reajuste menor que 40%" (Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 14 de janeiro de 2015 às 14h23.

Brasília - O ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, negou nesta quarta-feira, 14, que o reajuste nas tarifas de energia vai chegar a 40% neste ano. "Não creio em reajuste de 40%", afirmou.

"Estou falando em um reajuste menor que 40%."

Em seguida, Braga foi questionado, mas não respondeu, sobre se o aumento chegaria a 30%, previsão publicada ontem no Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, com informações de fontes do governo e do setor.

"A presidente tem as estimativas", afirmou o ministro.

Braga disse que o reajuste nas tarifas de energia neste ano pode sofrer uma "mudança significativa".

O ministro não deu detalhes sobre a forma que isso poderia ocorrer, mas sinalizou que o impacto do empréstimo de R$ 17,8 bilhões nos reajustes poderá ser menor.

Mais cedo, o Broadcast informou que o governo poderá estender o prazo de pagamento do financiamento, hoje fixado em dois anos.

"Esse impacto poderá sofrer uma mudança significativa e uma renegociação por parte das distribuidoras em função da melhoria dos recebíveis e da melhoria de geração de caixa", afirmou.

"Portanto, poderia implicar uma melhoria do desempenho financeiro dos contratos que elas fizeram no ano passado."

Mais cedo, Braga se reuniu com membros da diretoria da Petrobras.

Após a reunião, o ministro disse que o assunto foi a situação da companhia e o plano de investimentos e negócios diante do cenário atual.

O ministro disse que a validade dos contratos da Petrobras com empreiteiras citadas na Operação Lava Jato depende de decisões da Controladoria-Geral da União (CGU), Advocacia Geral da União (AGU) e do Ministério Público Federal (MPF).

"Esses contratos ainda estão de pé, dependendo da orientação da CGU, AGU e MPF para que possamos fazer esse diagnóstico."

A despeito do cenário internacional e da queda do preço do barril de petróleo, Braga negou que a Petrobras estude reduzir seus investimentos.

"Ainda não estamos com esse cenário decidido", afirmou.

O ministro disse que a reunião não tratou da prisão do ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró.

Cerveró foi detido ao desembarcar no Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão), no Rio de Janeiro, de um voo proveniente de Londres.

O ministro elogiou ainda a escolha de João Adalberto Elek Junior para o cargo de diretor de Governança, Risco e Conformidade da Petrobras. Braga disse que o executivo foi escolhido conforme critérios "transparentes e de mercado".

"Esse é o bom caminho para a Petrobras", disse.

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