Economia

Eduardo Bolsonaro diz que Previdência deve ser votada na metade do ano

Para deputado, a maioria dos deputados do Centrão vão votar a favor da reforma, mas se declaram neutros porque querem negociar emendas com o governo

Eduardo negou ainda que governo de Jair Bolsonaro vá se recusar a fazer negócios com China ou com os países árabes (La Tercera/Reprodução)

Eduardo negou ainda que governo de Jair Bolsonaro vá se recusar a fazer negócios com China ou com os países árabes (La Tercera/Reprodução)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 27 de abril de 2019 às 10h58.

São Paulo — O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente Jair Bolsonaro, afirmou ontem à noite que acredita que a deve ir ao plenário da Câmara "mais ou menos" na metade do ano, após passar pela comissão especial da Casa. A declaração foi dada em entrevista à jornalista Mariana Godoy, da RedeTV, que perguntou ao deputado sobre a expectativa de duração das discussões na comissão.

Para ele, a "maioria esmagadora" dos deputados do chamado Centrão que estão na comissão vai votar a favor da reforma da Previdência, mas eles se declaram neutros porque querem negociar emendas parlamentares com o presidente. "Isso é legítimo, é papel do deputado, não é toma-lá, dá-cá", disse. "Apesar de não terem dito que são a favor, estão muito tendentes a aprová-la", afirmou.

Eduardo disse também que será na comissão que vão ocorrer as demandas das categorias e as alterações na reforma. "É onde as coisas acontecem", emendou. Afirmou ainda que, pela informação que tem, o mínimo estabelecido pela equipe econômica para a economia fiscal gerada pela reforma em 10 anos é de R$ 1 trilhão, e não de R$ 800 bilhões, como chegou a dizer seu pai em café da manhã com jornalistas.

Eduardo negou ainda que o governo de Jair Bolsonaro vá se recusar a fazer negócios com a China ou com os países árabes. "Ninguém é maluco de fechar mercados para China ou países árabes. Jair Bolsonaro não fará isso", disse. Para ele, fazer negócios com os outros países não impede o governo brasileiro de fazer críticas.

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