Economia

Economistas sugerem que Fed eleve juros mais tarde

Elevar os juros tarde demais é mais seguro do que agir cedo demais, disse o presidente do Fed de Nova York, apoiando opiniões de economistas


	Prédio do FED: os riscos de elevar os juros "um pouco mais cedo são mais altos do que elevá-los mais tarde", disse especialista
 (Gary Cameron/Reuters)

Prédio do FED: os riscos de elevar os juros "um pouco mais cedo são mais altos do que elevá-los mais tarde", disse especialista (Gary Cameron/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 27 de fevereiro de 2015 às 17h43.

Nova York - Elevar os juros tarde demais é mais seguro do que agir cedo demais, disse nesta sexta-feira o presidente do Federal Reserve de Nova York, William Dudley, apoiando um estudo de alto perfil que argumenta que a economia dos Estados Unidos, com o tempo, poderá voltar a crescer normalmente.

O trabalho de quatro economistas norte-americanos, apresentado nesta sexta-feira a uma sala cheia de poderosos banqueiros centrais em Nova York, argumenta que seria sábio que o Fed mantivesse os juros quase zerados por mais tempo do que o planejado e, então, apertasse a política monetária de forma mais agressiva.

Dudley citou a inflação atualmente baixa e advertiu contra ser ansioso demais para apertar a política monetária.

Os riscos de elevar os juros "um pouco mais cedo são mais altos do que elevá-los mais tarde", disse ele em conferência realizada pela escola de negócios da Universidade de Chicago.

"Isso joga a favor de uma postura mais inercial."

Os autores do estudo concluem que o Fed não pode ter certeza sobre qual nível deve mirar para elevar os juros. Mas este nível de equilíbrio, segundo eles, ainda não caiu tanto quanto alardeado por aqueles que advertem sobre "estagnação secular" nos EUA.

Dada essa incerteza, "pode haver benefícios a esperar para aumentar a taxa nominal até que vejamos alguma evidência de pressões no mercado de trabalho e aumento da inflação", escreveram os economistas, que incluem Jan Hatzius do Goldman Sachs e Ethan Harris do Bank of America Merill Lynch.

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