Notas de real: IBC-Br subiu apenas 0,12% em abril sobre março, mostrando fraqueza da atividade (Stock.xchng/ Afonso Lima)
Da Redação
Publicado em 16 de junho de 2014 às 09h25.
São Paulo - Economistas de instituições financeiras pioraram pela terceira semana seguida a perspectiva de crescimento da economia brasileira em 2014 após novos sinais de fraqueza da atividade, mantendo a expectativa de que o Banco Central não voltará a elevar a Selic este ano.
A pesquisa Focus do BC divulgada nesta segunda-feira apontou que a expectativa para a expansão do Produto Interno Bruto neste ano agora é de 1,24 por cento, contra 1,44 por cento na semana anterior.
Em mais um sinal de dificuldade da atividade econômica brasileira em se recuperar após a fraqueza no primeiro trimestre, as vendas no varejo recuaram 0,4 por cento em abril sobre março, apontando que a fraqueza do consumo se estendeu para o início do segundo trimestre.
Com isso, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) subiu apenas 0,12 por cento em abril sobre março, mostrando fraqueza da atividade econômica no início do segundo trimestre, em um cenário de inflação alta e confiança estremecida.
Os economistas consultados no Focus também pioraram pela terceira vez seguida a estimativa de expansão da indústria em 2014, projetando agora crescimento de apenas 0,51 por cento, ante 0,96 por cento.
Inflação
Em relação à inflação, no Focus os economistas ajustaram a projeção para o IPCA este ano a 6,46 por cento, 0,01 ponto percentual a menos. Nos próximos 12 meses, a estimativa passou a 5,91 por cento, frente a 6,01 por cento.
Já o Top 5 de médio prazo, com as instituições que mais acertam as projeções, manteve a perspectiva de que o IPCA terminará 2014 com uma alta de 6,30 por cento.Em maio, o IPCA desacelerou a alta a 0,46 por cento ante o mês anterior e chegou em 12 meses a 6,37 por cento.
Agora, os analistas esperam a divulgação na quarta-feira dos números de junho do IPCA-15, em meio à deflação dos preços no atacado e à desaceleração da alta dos alimentos ao consumidor registrada pelos Índices Gerais de Preços da Fundação Getulio Vargas (FGV).
Os economistas ainda mantiveram a perspectiva de que a Selic não voltará a ser elevada este ano, encerrando 2014 no atual patamar de 11,00 por cento.
Nova elevação da taxa básica deve ocorrer, segundo eles, apenas em janeiro, de 0,50 ponto percentual, mesma perspectiva da pesquisa anterior.
Já o Top 5 de médio prazo vê a Selic a 11,25 por cento este ano, mesma projeção da semana anterior.