Economistas aguardam um reflexo do comportamento baixista das commodities no setor de alimentos (Germano Lüders/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 7 de maio de 2011 às 09h47.
São Paulo - Análises dos economistas do mercado financeiro obtidos pela Agência Estado apontam para um Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado o índice oficial de inflação do País, em maio em torno de 0,45%. Se confirmadas as estimativas, o resultado representaria desaceleração em torno de 0,32 ponto porcentual ante o IPCA de abril, de 0,77%, divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para junho, os economistas esperam forte desaceleração do índice, podendo chegar até mesmo muito próximo da estabilidade.
Levantamento relâmpago realizado ontem pela Agência Estado com 24 instituições financeiras, após a divulgação do nível de 0,77% em abril, aponta, para junho, um IPCA entre 0,04%, projeção do Itaú Unibanco, e 0,43%, aposta do Banco Fator. A mediana e a média ficaram em 0,19%; a previsão mais citada foi de 0,20%. Todas as casas consultadas enfatizaram que suas projeções são preliminares e certamente serão revisadas até às vésperas da divulgação do dado pelo IBGE.
Para os economistas do mercado, o comportamento da inflação em maio tende a ser favorecido pelo desempenho dos grupos Alimentação e Bebidas, Saúde e Transportes. Além disso, os analistas lembraram que os efeitos da política monetária, promovida pelo Banco Central por meio das altas de juros, tendem a chegar à inflação.
Para a Alimentação, eles aguardam um reflexo do comportamento baixista das commodities (matérias-primas); e para o grupo Saúde, a saída gradual dos impactos dos reajustes do remédios. Para Transportes, dão como certa a reversão nos preços do etanol e da gasolina, que, em abril, subiram juntos 6,53% e foram responsáveis por 0,30 ponto porcentual do IPCA.