Economia

Economistas preveem inflação acima de 6% em 2013

A inflação encerrou 2012 com alta de 5,84%, o terceiro resultado consecutivo acima do centro da meta de 4,5% traçada pelo Banco Central (BC)


	Inflação: é consenso entre os economistas de consultorias privadas, bancos e institutos de pesquisa independentes que o IPCA gire em torno de 6% boa parte do ano
 (USP Imagens)

Inflação: é consenso entre os economistas de consultorias privadas, bancos e institutos de pesquisa independentes que o IPCA gire em torno de 6% boa parte do ano (USP Imagens)

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Da Redação

Publicado em 14 de janeiro de 2013 às 09h11.

São Paulo - Pressionada pelos preços dos alimentos e dos serviços, a inflação subiu um degrau e deve continuar em alta a maior parte deste ano. Até setembro, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 12 meses deve ser igual ou superior a 6%, preveem economistas.

A inflação encerrou 2012 com alta de 5,84%, o terceiro resultado consecutivo acima do centro da meta de 4,5% traçada pelo Banco Central (BC).

A mudança de patamar do custo de vida no País é ratificada pelos investidores. A taxa de inflação embutida na remuneração dos títulos do governo brasileiro vendidos no mercado financeiro aponta para um IPCA superior a 6,5% este ano e um pouco abaixo de 6%, mas com tendência de alta, para 2014 e 2015, segundo levantamento da LCA Consultores feito com base nas negociações efetivas desses papéis.

"Isso significa que há investidores apostando dinheiro na alta da inflação", observa o economista da consultoria, Antonio Madeira.

É consenso entre os economistas de consultorias privadas, bancos e institutos de pesquisa independentes que o IPCA gire em torno de 6% boa parte do ano. O alívio na inflação, pondera Fábio Romão, economista da LCA responsável por essa projeção, é esperado só para o último trimestre.

A partir de outubro, diz ele, o impacto do choque de preços agrícolas de 2012 deve sair da conta do IPCA acumulado em 12 meses, com inflação fechando o ano em 5,3%. Em 2012, a alimentação subiu 9,86% e a perspectiva para este ano é de uma alta ainda forte, de 6%. 

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