Economia

Economistas preveem déficit menor nas contas do governo em 2019

Expectativas apontam para déficit primário de R$ 86,5 bilhões em 2019; em novembro, mercado previa déficit de 87,5 bilhões

Paulo Guedes: em novembro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o déficit deverá terminar 2019 abaixo de R$ 80 bilhões.  (Valter Campanato/Agência Brasil)

Paulo Guedes: em novembro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o déficit deverá terminar 2019 abaixo de R$ 80 bilhões.  (Valter Campanato/Agência Brasil)

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Reuters

Publicado em 12 de dezembro de 2019 às 13h26.

Última atualização em 12 de dezembro de 2019 às 13h43.

Brasília — Economistas reduziram a projeção para o déficit das contas do governo central deste ano e ampliaram a estimativa de rombo no próximo ano, mostrou a última sondagem mensal do Ministério da Economia, divulgada nesta quinta-feira.

A mediana das expectativas agora aponta para um déficit primário de 86,5 bilhões de reais em 2019, frente a estimativa anterior, divulgada em novembro, de déficit de 87,5 bilhões.

Em novembro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o déficit deverá terminar 2019 abaixo de R$ 80 bilhões.

Para o próximo ano, a estimativa de déficit para o governo central — que compreende as contas do Tesouro, do Banco Central e da Previdência — passou para 84 bilhões de reais, ante 82,7 bilhões de reais antes. A variação nesse caso refletiu principalmente uma redução na projeção de receita líquida do governo, que passou de 1,382 trilhão de reais para 1,379 trilhão de reais.

As duas novas projeções seguem bem abaixo das metas estabelecidas pelo governo em sua programação orçamentária, que são de déficit de 139 bilhões de reais para este ano e de 124 bilhões de reais no próximo.

As projeções para a dívida bruta, indicador fiscal acompanhado mais de perto por investidores e que tem sido favorecido pela redução da taxa básica de juros, sofreram pequenas reduções e estão em 78,2% do Produto Interno Bruto para este ano (78,6% antes) e em 79% do PIB para 2020 (79,50% antes).

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