Economia

Economistas pioram estimativas para inflação e PIB em 2018

Top-5 vê Selic mais baixa em 2019; BC decidiu não se comprometer com sinalizações sobre seus próximos passos na política monetária

Estimativa geral de alta do IPCA chegou agora a 4,17% em 2018, sobre 4,03% na semana anterior, com a conta para 2019 permanecendo em 4,10% (ThinkStock/Thinkstock)

Estimativa geral de alta do IPCA chegou agora a 4,17% em 2018, sobre 4,03% na semana anterior, com a conta para 2019 permanecendo em 4,10% (ThinkStock/Thinkstock)

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Reuters

Publicado em 9 de julho de 2018 às 17h16.

Brasília - As projeções para a inflação neste ano continuaram em trajetória de alta, com novas reduções nas contas para a atividade, mostrou a pesquisa Focus do Banco Central divulgada nesta segunda-feira (09).

Ao mesmo tempo, o grupo dos economistas que mais acertam as previsões, o chamado Top-5, reduziu novamente o cálculo para a taxa básica de juros no final de 2019, passando a vê-la em 7,75%, sobre 7,88% na leitura anterior, no cálculo de médio prazo.

Para 2018, a expectativa do Top-5 segue sendo de uma taxa a 6,50% no fim do ano.

A mediana geral para a Selic, contudo, seguiu sem alterações. A visão dos economistas é de que a taxa básica terminará este ano a 6,5% e 2019 a 8%.

Diante das incertezas que rondam a economia brasileira, o BC decidiu não se comprometer com sinalizações sobre seus próximos passos na política monetária, mas reafirmou que ela tem foco exclusivo na inflação, seus balanços de risco e atividade econômica, segundo a ata de seu último encontro.

Ainda segundo o Focus, estimativa geral de alta do IPCA chegou agora a 4,17% em 2018, sobre 4,03% na semana anterior, com a conta para 2019 permanecendo em 4,10%.

Sobre a atividade econômica, o cenário ficou mais pessimista uma vez que a projeção para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) em 2018 foi reduzida a 1,53%, ante 1,55% antes. Para o ano que vem, a expectativa continua sendo de um avanço de 2,50%.

Os economistas pioraram sua visão para o crescimento industrial em 2018 a 2,65 por cento, contra 3,17 por cento antes. Para o próximo ano, o ajuste também foi para baixo, mas em menor intensidade: 3,05 por cento, ante 3,10 por cento no levantamento anterior.

Para o dólar, os especialistas consultados no levantamento semanal veem a moeda encerrando este ano a R$ 3,70, patamar que ficou inalterado em relação à semana anterior. Para o ano que vem, a estimativa também permaneceu em R$ 3,60 reais.

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