Economia

Economistas pioram estimativa para rombo fiscal em 2021

Estimativa de economistas consultados pelo Ministério da Economia passou para um déficit de R$ 251,2 bilhões ante R$ 248,4 bilhões na sondagem de março

O prognóstico mais recente está acima da meta fixada pelo governo na Lei de Diretrizes Orçamentárias, de déficit de R$ 247,1 bilhões (Bruno Domingos/Reuters)

O prognóstico mais recente está acima da meta fixada pelo governo na Lei de Diretrizes Orçamentárias, de déficit de R$ 247,1 bilhões (Bruno Domingos/Reuters)

FS

Fabiane Stefano

Publicado em 16 de abril de 2021 às 18h46.

Economistas consultados pelo Ministério da Economia pioraram suas estimativas para o déficit primário do governo central neste ano, de acordo com o relatório Prisma Fiscal divulgado nesta sexta-feira, 16.

No documento de abril, a estimativa de déficit passou a R$ 251,2 bilhões, pela mediana das previsões, ante R$ 248,4 bilhões na sondagem de março.

O prognóstico mais recente está acima da meta fixada pelo governo na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), de déficit de R$ 247,1 bilhões, cujo cumprimento já é colocado em dúvida em razão de pressões por maiores gastos em meio ao agravamento da pandemia da covid-19 no país.

Por outro lado, a projeção dos economistas para o déficit primário de 2022 melhorou, passando a R$ 163,7 bilhões, ante R$ 167,9 bilhões em março, abaixo da meta fixada pelo governo na LDO.

Na quinta-feira, a equipe econômica definiu meta de déficit primário de R$ 170,4 bilhões para o governo central no ano que vem, de acordo com o projeto de LDO enviado ao Congresso.

De volta às projeções para 2021, as estimativas dos economistas para a despesa total do governo central pioraram, indo a R$ 1,599 trilhão, ante R$ 1,587 trilhão em março. Já as perspectivas para a receita líquida melhoraram ligeiramente, para R$ 1,342 trilhão, ante R$ 1,341 trilhão no mês passado.

A expectativa dos profissionais consultados é de que a dívida bruta do país feche este ano em 89,58% do PIB, ante 89,4% em março. Já para o próximo ano, apesar de terem melhorado a projeção ligeiramente, os economistas enxergam novo aumento do endividamento, a 91% do PIB. Em março, essa projeção estava em 91,1% do PIB.

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