Economia

Economistas melhoram contas para déficit em 2017, mas pioram 2018

Segundo o relatório Prisma Fiscal de novembro, a expectativa agora é de um rombo primário de R$ 157,414 bi para o governo central em 2017

Déficit: o ajuste vem após a realização de leilões de petróleo e hidrelétricas em setembro (Thinkstock/Thinkstock)

Déficit: o ajuste vem após a realização de leilões de petróleo e hidrelétricas em setembro (Thinkstock/Thinkstock)

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Reuters

Publicado em 16 de novembro de 2017 às 11h40.

Brasília - Os economistas passaram a ver um déficit primário menor neste ano ao mesmo tempo em que pioraram suas perspectivas para o ano que vem, segundo relatório Prisma Fiscal de novembro divulgado nesta quinta-feira pelo Ministério da Fazenda.

Pela mediana dos dados coletados, a expectativa agora é de um rombo primário de 157,414 bilhões de reais para o governo central (Tesouro, Banco Central e Previdência) em 2017, menor que o patamar de 158,431 bilhões de reais do relatório de outubro e dentro da meta de um déficit de 159 bilhões de reais para o ano.

O ajuste vem após a realização de leilões de petróleo e hidrelétricas em setembro, com os quais o governo conseguiu levantar 4,5 bilhões de reais acima do esperado, segundo o Tesouro Nacional.

Na próxima semana, o governo divulgará seu relatório bimestral de receitas e despesas e a expectativa é de descontingenciamento de recursos para dar algum oxigênio à máquina pública com o ano caminhando para o fim.

Para 2018, no entanto, o mercado passou a ver um déficit primário mais alto, de 156,406 bilhões de reais ante 155,613 bilhões de reais anteriormente, mas ainda dentro da meta que também é de um rombo primário de 159 bilhões de reais.

No fim de outubro, o governo enviou ao Congresso Nacional uma série de medidas para garantir o cumprimento do alvo fiscal no ano que vem. No pacote, estão o adiamento do reajuste salarial do funcionalismo público, o aumento da contribuição previdenciária para os servidores e a mudança na tributação para fundos de investimento fechados --todas medidas impopulares ou que enfrentam forte lobby no Congresso, cujo calendário também é bastante apertado.

Para a trajetória da dívida bruta, os economistas melhoraram suas estimativas para 2017 a 75,11 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), ante 75,44 por cento na pesquisa de outubro. Já para 2018, a projeção diminuiu a 77,00 por cento do PIB, contra 77,80 por cento no mês anterior.

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