Projeções econômicas; previsão de inflação, juros, PIB; boletim Focus (ThinkStock/Thinkstock)
Reuters
Publicado em 24 de outubro de 2016 às 09h06.
Última atualização em 24 de outubro de 2016 às 09h08.
São Paulo - A perspectiva de economistas para a política monetária no Brasil permaneceu inalterada depois que o Banco Central fez a primeira redução na taxa básica de juros desde 2012 com um corte de 0,25 ponto percentual, mas as estimativas para a inflação foram reduzidas novamente.
A projeção na pesquisa Focus do BC para a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), em 29 e 30 de novembro, continua sendo de um corte de 0,50 ponto percentual, com a Selic encerrando este ano a 13,50 por cento.
Para 2017, o levantamento divulgado nesta segunda-feira mostra que os economistas consultados ainda veem a taxa básica de juros a 11 por cento.
Na semana passada, o BC reduziu a Selic em 0,25 ponto, para 14 por cento, deixando aberta a possibilidade de acelerar em breve o ritmo de cortes deste ciclo de afrouxamento iniciado agora, desde que veja maior desinflação do setor de serviços e mais avanços no ajuste fiscal.
Agora, os investidores aguardam a divulgação da ata desse encontro na terça-feira para calibrar suas expectativas.
O Top-5, com os economistas que mais acertam as previsões, também não mudou suas perspectivas, estimando a Selic a 13,50 por cento no fim deste ano e a 11,25 por cento em 2017.
Para a inflação, o Focus voltou a mostrar queda na expectativa de alta do IPCA este ano, pela sexta semana seguida. A projeção agora é de 6,89 por cento, 0,12 ponto percentual abaixo da semana anterior. Para o ano que vem, a projeção caiu a 5,0 por cento, de 5,04 por cento.
Em outubro, o IPCA-15, prévia da inflação oficial desacelerou a alta a 0,19 por cento, menor nível para o mês desde 2009, acumulando alta em 12 meses de 8,27 por cento, após 8,78 por cento de setembro.
Para a atividade econômica, a expectativa de retração do Produto Interno Bruto (PIB) em 2016 agora é de 3,22 por cento, sobre queda de 3,19 por cento antes. A pesquisa ainda mostra recuperação em 2017, porém menor, de 1,23 por cento contra 1,30 por cento anteriormente.