Vista da escultura de águia em frente à sede do Fed: a maioria dos entrevistados espera que a compra de títulos seja reduzida em aproximadamente US$ 15 bilhões por mês (REUTERS/Larry Downing)
Da Redação
Publicado em 13 de setembro de 2013 às 06h37.
Nova York - A maioria dos economistas consultados pelo The Wall Street Journal esperam que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) anuncie, durante a reunião do Comitê de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) da próxima semana, a redução do programa de estímulos à economia norte-americana.
Entre os 47 entrevistados, 66% acreditam que a autoridade monetária começará a reduzir o volume de compras de ativos, atualmente em US$ 85 bilhões por mês.
"O peso da melhora no mercado de trabalho e do crescimento econômico é positivo o suficiente para que as autoridades do Fed iniciem o processo de redução gradual dos estímulos na reunião de setembro", opinou Jim O'Sullivan, da High Frequency Economics. "Um relatório referente aos pedidos de auxílio-desemprego mais fraco do que o esperado não compensa as demais notícias positivas", completou.
Embora a maioria dos economistas espera que o anúncio da redução no ritmo de compras de ativos acontecerá na próxima semana, um terço dos entrevistados não espera que essa redução seja iniciada imediatamente. Esse panorama sugere que pelo menos alguns participantes do mercado ficarão surpresos se o banco central atuar na próxima semana.
A incerteza surge em um período de extraordinária tranquilidade entre os membros do Fed. Quando Bernanke se pronunciar na próxima semana, já serão dois meses que nenhum membro do conselho do Fed ou Bernanke faz um discurso ao Congresso sobre qualquer assunto. Este é o período mais longo em que nenhum dos sete membros se pronunciou desde 1996.
Os economistas, em média, deram ao Fed uma nota 63, considerando uma escala de 0 a 100, aos seus comunicados. "A liderança do Fed tem sido MIA nos últimos dois meses", avaliou Ethan S. Harris, do Bank of America Merrill Lynch.
A maioria dos entrevistados espera que a compra de títulos seja reduzida em aproximadamente US$ 15 bilhões por mês. Entre os que acreditam que a redução não será anunciada, a maioria tem a expectativa de que a decisão ocorra apenas em dezembro. Isso porque a última reunião do ano é seguida por uma coletiva de imprensa, onde o presidente do banco central pode explicar a decisão. Além disso, será uma reunião posterior à resolução das batalhas orçamentárias e do teto da dívida no Congresso. Fonte: Dow Jones Newswires.