Prédio do Federal Reserve: quase 70% dos entrevistados avaliou a política de alívio monetário do Fed, o banco central dos Estados Unidos, como um sucesso (Jonathan Ernst/Reuters)
Da Redação
Publicado em 24 de fevereiro de 2014 às 06h56.
Washington - Os economistas norte-americanos parecem estar alinhados nas avaliações sobre política monetária, mas discordam sobre a condução da política fiscal, mostrou uma pesquisa divulgada hoje pela Associação Nacional para a Indústria de Economia Empresarial (Nabe, em inglês).
Quase 70% dos entrevistados avaliou a política de alívio monetário do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) como um sucesso.
De um modo geral, a política monetária foi vista como correta pela maioria dos entrevistados, ainda que 37% disseram ser muito agressiva e 4% afirmaram ser muito restritiva.
Mais de 40% do painel da Nabe acredita que o Fed encerrará completamente as compras mensais de ativos no quarto trimestre desse ano.
Uma porcentagem similar estima que o fim será no término de 2015 ou depois, enquanto o restante acredita que o programa acabará antes do quarto trimestre deste ano. No entanto, 70% disse que o Fed deveria encerrar o programa antes do fim de 2014.
Perguntados sobre as taxas de juros, a maioria prevê uma alta em algum momento de 2015. Sobre as diretrizes futuras do Fed, não houve consenso, com metade dos entrevistados afirmando que a promessa de elevar os juros após a taxa de desemprego atingir 6,5% deveria ser eliminada.
Ao serem questionados sobre política fiscal, a diferença de opiniões foi maior. Cerca de 40% disseram ser "muito restritiva", enquanto outros 40% afirmaram que a política atual é acertada e os 20% restantes opinaram que é muito agressiva. Dessa forma, a maioria dos entrevistados disse que as incertezas na política fiscal está atrasando a recuperação econômica.
Os entrevistados concordaram em uma parte: 80% disseram que o Congresso não deveria estabelecer um teto permanente para a dívida federal no nível atual.
A maioria também opinou que os formuladores de políticas da zona do euro não desenharam uma solução definitiva para a crise da dívida, que deve reacender em um a dois anos. A pesquisa foi conduzida entre 30 de janeiro e 6 de fevereiro. Fonte: Market News International.