Economia

Economistas derrubam projeção do PIB, que fica pela 1ª vez abaixo de 1,5%

Projeção foi divulgada nesta segunda-feira na pesquisa Focus do Banco Central

PIB do Brasil: mercado voltou a reduzir pela décima vez a expectativa de crescimento da economia neste ano (Gil Ferreira/ Agência CNJ/Divulgação)

PIB do Brasil: mercado voltou a reduzir pela décima vez a expectativa de crescimento da economia neste ano (Gil Ferreira/ Agência CNJ/Divulgação)

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Reuters

Publicado em 6 de maio de 2019 às 09h18.

Última atualização em 6 de maio de 2019 às 09h25.

São Paulo — O mercado voltou a reduzir com força a expectativa de crescimento da economia brasileira neste ano, em meio à deterioração do cenário para a indústria, de acordo com a pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central nesta segunda-feira.

O levantamento semanal apontou que a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2019 passou a 1,49 por cento, de 1,70 por cento no levantamento anterior, na 10ª semana seguida de piora da projeção. A expectativa para a indústria foi reduzida a um crescimento de 1,76 por cento, contra 2 por cento antes.

Para 2020, não houve alterações nas contas de uma expansão de 2,50 por cento do PIB, com a indústria aumentando 3 por cento.

O cenário para a inflação neste ano piorou ligeiramente, com as contas para a alta do IPCA chegando a 4,04 por cento, uma alta de 0,03 ponto percentual em relação à semana anterior. Para 2020 a expectativa ainda é de uma inflação de 4,00 por cento.

O centro da meta oficial de 2019 é de 4,25 por cento e, de 2020, de 4 por cento, ambos com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.

Apesar da piora no cenário para a atividade econômica, os especialistas consultados na pesquisa continuam vendo que a taxa básica de juros Selic terminará este ano no atual piso histórico de 6,5 por cento, indo a 7,50 por cento em 2020.

O Top-5, grupo dos que mais acertam as previsões, também calcula a Selic a 6,50 por cento em 2019, mas reduziu a expectativa para o próximo ano a 7,21 por cento na mediana das projeções, de 7,25 por cento.

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