Economia

Economista do Banco Mundial alerta para crises da dívida entre emergentes

Economista-chefe da instituição diz que levará “alguns anos” até que a economia global registre o mesmo nível do PIB visto antes da pandemia

Carmen Reinhart, a professor at Harvard University, speaks at the Bloomberg Markets 50 Summit in New York, U.S., on Thursday, Sept. 13, 2012. The conference brings together the world's most influential leaders in finance, business and government to discuss the global economy. Photographer: Jin Lee/Bloomberg *** Local Caption *** Carmen Reinhart (Jin Lee/Bloomberg)

Carmen Reinhart, a professor at Harvard University, speaks at the Bloomberg Markets 50 Summit in New York, U.S., on Thursday, Sept. 13, 2012. The conference brings together the world's most influential leaders in finance, business and government to discuss the global economy. Photographer: Jin Lee/Bloomberg *** Local Caption *** Carmen Reinhart (Jin Lee/Bloomberg)

FS

Fabiane Stefano

Publicado em 24 de novembro de 2020 às 09h43.

Última atualização em 24 de novembro de 2020 às 10h31.

O número de países em desenvolvimento com crises da dívida deve crescer nos próximos meses, de acordo com Carmen Reinhart, economista-chefe do Banco Mundial. Muitas economias de baixa renda e vários mercados emergentes correm risco de se juntar à Venezuela, ao Líbano, Argentina, Equador e Zâmbia na lista de crises da dívida soberana, disse a economista, sem identificar os candidatos mais prováveis.

“Não precisam estar com o drama de um default, mas ainda precisarão de reestruturações e irão ao FMI para programas e assim por diante”, disse Reinhart à Bloomberg TV.

A especialista em dívida nascida em Cuba disse que levará “alguns anos” até que a economia global registre o mesmo nível do PIB visto antes da pandemia. O desafio para mercados emergentes é que os fluxos de capital privado foram significativamente reduzidos, aumentando sua dependência de financiamento do Fundo Monetário Internacional, Banco Mundial e outros bancos de desenvolvimento.

“O poder de fogo é muito limitado”, disse Reinhart. “Não se trata inteiramente de não avaliar bem a seriedade do que é necessário, mas também da capacidade de mais de 100 países” conseguirem oferecer esse estímulo, afirmou.

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