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"Economia vai crescer mais de 3% e agora precisamos controlar dívida interna", diz Haddad

Ministro da Fazenda ainda salientou que "os juros tem que cair"

Agência o Globo
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Publicado em 12 de setembro de 2024 às 08h51.

Última atualização em 12 de setembro de 2024 às 08h54.

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reafirmou nesta quinta-feira, 12, que a economia brasileira deve crescer mais do que 3% do Produto Interno Bruto (PIB) e que os juros precisam cair para que a dívida interna seja controlada.

"A economia vai crescer mais de 3% esse ano. A geração de emprego vai ser recorde esse ano, e nós não podemos nos acomodar, precisamos perseguir nossos objetivos para que o país volte a ter finanças robustas", disse o ministro em entrevista ao programa "Bom dia, Ministro", do Canal Gov.

"Não temos dívida externa, nós temos que controlar agora a nossa dívida interna, esse juros tem que cair para que essa rolagem seja sustentável", completou Haddad.

Taxa Selic

A taxa Selic hoje está em 10,5% ao ano e agentes do mercado esperam um novo ciclo de alta. Os diretores do Banco Central (BC) se reúnem na próxima semana para decidir a taxa básica de juros.

Segundo o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira, 9, economistas do mercado financeiro preveem que a Selic suba dos atuais 10,5% para 11,25% ao ano no fim de 2024. Para a reunião da semana que vem, a aposta é que a alta seja de 0,25 ponto percentual.

Nesta quarta, Haddad disse que a seca prolongada terá impacto no preço dos alimentos e que a inflação "preocupa um pouquinho". Haddad, no entanto, ponderou que a solução para este eventual aumento não pode ser a elevação dos juros pelo BC.

"A inflação preocupa um pouquinho, sobretudo em virtude do clima. Estamos acompanhando a evolução da questão climática, o efeito do clima sobre o preço do alimento e, eventualmente, sobre o preço de energia faz a gente se preocupar um pouco com isso. Mas essa inflação, advinda desse fenômeno, não se resolve com juros, juros é outra coisa", disse Haddad a jornalistas no Ministério da Fazenda.

"O Banco Central está com um quadro técnico bastante consistente para tomar a melhor decisão, e nós vamos aguardar o Copom da semana que vem", afirmou o ministro.

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