Economia

Economia tem sexto mês consecutivo de incerteza elevada, diz FGV

Números indicam que o recuo em agosto foi disseminado pelo componente Mídia, que caiu 3,7 pontos

Indicador de Incerteza da Economia recuou 1,5 ponto entre julho e agosto deste ano (Paulo Whitaker/Reuters)

Indicador de Incerteza da Economia recuou 1,5 ponto entre julho e agosto deste ano (Paulo Whitaker/Reuters)

AB

Agência Brasil

Publicado em 29 de agosto de 2018 às 09h35.

O Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br) recuou 1,5 ponto entre julho e agosto deste ano, fechando o mês em 114,2 pontos. Com o resultado, o indicador persiste na região de incerteza elevada (acima de 110 pontos) pelo sexto mês consecutivo.

Os dados foram divulgados hoje (29) pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV). Os números indicam que o recuo em agosto foi disseminado pelo componente Mídia, que caiu 3,7 pontos, contribuindo com 0,3 ponto para o comportamento do índice geral no mês. O IIE-Br Expectativa chegou a recuar 8,5 pontos, exercendo contribuição contrária de -1,8 ponto para o índice agregado.

A pesquisadora da FGV Raíra Marotta disse que, embora a queda do índice de incerteza de julho para agosto tenha sido "leve", ele se mantém em patamar elevado. "Entre os fatores a sustentar este resultado estão os níveis elevados de incerteza eleitoral, uma vez que não se sabe, por exemplo, se os ajustes necessários de natureza fiscal serão realizados pelo próximo governante."

Outro motivo, segundo Raíra, é o aumento da incerteza também no cernário externo. "A crise da lira turca contribuiu para a elevação da incerteza econômica brasileira, refletindo-se na desvalorização do real frente ao dólar. Dado o cenário atual, espera-se que o indicador continue elevado nos próximos meses", disse.

Acompanhe tudo sobre:economia-brasileira

Mais de Economia

Desemprego cai para 6,4% no 3º tri, menor taxa desde 2012, com queda em seis estados

Haddad: pacote de corte de gastos será divulgado após reunião de segunda com Lula

“Estamos estudando outra forma de financiar o mercado imobiliário”, diz diretor do Banco Central

Reunião de Lula e Haddad será com atacado e varejo e não deve tratar de pacote de corte de gastos