Economia

Economia do Reino Unido permanece frágil, diz Brown

A recuperação econômica do Reino Unido permanece frágil e haverá altos e baixos nos próximos meses, afirmou o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown. Em comentários que sugerem que o governo não está descartando o risco de a economia cair novamente em recessão, Brown disse que "a recuperação ainda está em seus estágios iniciais". "Haverá muitos meses […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h44.

A recuperação econômica do Reino Unido permanece frágil e haverá altos e baixos nos próximos meses, afirmou o primeiro-ministro britânico, Gordon Brown. Em comentários que sugerem que o governo não está descartando o risco de a economia cair novamente em recessão, Brown disse que "a recuperação ainda está em seus estágios iniciais". "Haverá muitos meses adiante de estatísticas conflituosas, falsas esperanças e sinais divergentes", afirmou Brown, no que provavelmente foi seu último grande discurso econômico antes das eleições deste ano.

Dados recentes mostram que o Reino Unido saiu de uma recessão que durou 18 meses no quarto trimestre do ano passado, mas alguns economistas expressaram preocupação com o fato de que o clima extremamente frio em janeiro, um aumento do imposto sobre valor agregado e a iminente eleição geral podem levar a economia a se contrair novamente nos próximos meses.

Brown reconheceu que o governo está preocupado com o ritmo da recuperação na zona do euro e disse que esse fator limita as exportações, que, em outra situação, estariam tirando vantagem do enfraquecimento da libra. O crescimento na Europa "não está indo suficientemente rápido. É um problema para nós."

O primeiro-ministro deixou claro que o governo não vai mudar seu atual plano de quatro anos para redução de dívida no orçamento, que deverá ser anunciado em 24 de março. Brown também afirmou que será "um erro incalculável" desativar o suporte fiscal e monetário à economia muito cedo.

Apesar das preocupações econômicas, Brown disse que está confiante de que o Reino Unido não vai perder seu rating AAA, acrescentando que os planos de redução de dívida de seu governo são mais radicais do que os de outros países. "Acho que as agências de rating são boas o suficiente para serem capazes de ver isso", disse.

Brown afirmou que o Reino Unido não enfrenta "uma barreira inflacionária para o crescimento". O primeiro-ministro destacou também que, com uma maturidade média de 13 anos, o perfil de dívida do governo britânico é muito mais forte do que o de muitos outros países e que os custos para tomada de empréstimos permanecem abaixo nos níveis em que estavam quando o Partido Trabalhista assumiu o poder, em 1997.

O Partido Trabalhista, de Brown, está enfrentando uma dura disputa eleitoral contra o oposicionista Partido Conservador, que atualmente lidera as pesquisas de intenção de voto. A eleição deve ocorrer em 3 de junho.

As informações são da Dow Jones

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