Economia

Economia fraca afeta entusiamo de empresários, diz FGV

O ritmo da economia neste ano afetou o ímpeto de empresários para investir em todas as atividades da economia


	Comércio em São Paulo: a diferença em relação aos prognósticos realizados para 2014 é grande
 (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Comércio em São Paulo: a diferença em relação aos prognósticos realizados para 2014 é grande (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 16 de dezembro de 2014 às 08h34.

Rio - O ritmo da economia neste ano afetou o ímpeto de empresários para investir em todas as atividades da economia, mas duas com destaque: comércio e construção. As incertezas em relação ao próximo ano também contribuíram para que as empresas reavaliassem seus planos, segundo dados da Sondagem de Investimentos, apurada pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

O comércio ainda detém liderança entre as intenções de investimento para 2015, mas a diferença em relação aos prognósticos realizados para 2014 é grande.

Segundo a sondagem, 52% pretendem ampliar os gastos em investimento no ano que vem - mas, no início deste ano, essa fatia era de 63%. Ao mesmo tempo, 8% pretendem diminuir investimentos em 2015, contra 3% em 2014.

Na construção, o quadro se repete. Ao todo, 34% das empresas deste segmento devem ampliar investimentos em 2015, contra 45% que pretendiam fazê-lo neste ano. Por outro lado, 21% devem diminuir os gastos no ano que vem, contra 11% em 2014.

Na indústria e nos serviços, também houve piora do quadro. No caso do setor produtivo, 41% dos empresários pretendem ampliar investimentos em 2015, de 47% neste ano. Os que devem reduzir esse tipo de gasto em 2015 são 18%, contra 19% em 2014.

Entre os empresários de serviços, 45% devem elevar o volume de investimentos no ano que vem. Essa fatia era de 48% no início deste ano. No sentido contrário, 8% pretendem reduzir esses gastos, de 7% no começo de 2014.

"O fraco desempenho econômico atual e as incertezas em relação a 2015 se refletem nas previsões das empresas para a realização de investimentos no ano que vem", avaliou a FGV, em nota.

Esses números, porém, podem mudar ao longo do ano, principalmente por causa da incerteza já apontada pelos empresários. Segundo a FGV, 29% das empresas do setor de construção classificaram como "incerta" a decisão sobre seu plano de investimentos.

Essa fatia foi de 26% nos serviços, 20% no comércio e de 17% na indústria. A construção também detém a menor fatia de empresários seguros sobre o plano: 22%.

A Sondagem de Investimentos é um levantamento estatístico trimestral que fornece sinalizações sobre o rumo dos investimentos produtivos no setor industrial. A coleta de dados para a sondagem divulgada hoje ocorreu entre 6 de outubro e 28 de novembro. Foram ouvidas 3.866 empresas.

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