Paulo Guedes (Isac Nóbrega/PR/Flickr)
Estadão Conteúdo
Publicado em 22 de setembro de 2022 às 15h38.
Após manobra para liberar até R$ 5,6 bilhões em emendas do chamado "orçamento secreto" nas vésperas do Sete de Setembro, o Ministério da Economia foi obrigado a fazer um novo bloqueio de R$ 2,634 bilhões em despesas discricionárias para cumprir o teto de gastos em 2022.
Conforme mostrou o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado), o novo contingenciamento se deve ao aumento de gastos obrigatórios, sobretudo em benefícios previdenciários. Com o anúncio desta quinta-feira, 22, o total de despesas bloqueadas no Orçamento deste ano é de R$ 10,499 bilhões.
Como prometido pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, a pasta alterou ainda a estimativa de resultado primário total de 2022, de déficit de R$ 59,354 bilhões para superávit R$ 13,547 bilhões — o primeiro resultado no azul desde 2013. A meta de resultado primário do Governo Central deste ano admitia um rombo de até R$ 170,5 bilhões.
A projeção da equipe econômica para as receitas primárias totais da União neste ano passou de R$ 2,226 trilhões para R$ 2,308 trilhões. Já a estimativa para a receita líquida — livre de transferências para os governos regionais — passou de R$ 1,774 trilhão para R$ 1,844 trilhão neste ano.
Do lado das despesas primárias, a previsão de gasto total em 2022 passou de R$ 1,833 trilhão para R$ 1,830 trilhão. Com as revisões deste relatório, volume de gastos obrigatórios passou de R$ 1,679 trilhão para R$ 1,677 trilhão, enquanto as despesas discricionárias passaram de R$ 154,246 bilhões para R$ 153,236 bilhões neste ano.
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