Economia

Economia dos EUA teve leve melhora, diz Livro Bege

Washington - As condições econômicas nos Estados Unidos continuaram a melhorar ligeiramente no início de 2010, apesar das nevascas que atingiram a Costa Leste em fevereiro e afetaram vários setores da economia, segundo o mais recente Livro Bege do Federal Reserve (Fed, banco central americano). Nove dos 12 distritos regionais do Fed informaram que a […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h44.

Washington - As condições econômicas nos Estados Unidos continuaram a melhorar ligeiramente no início de 2010, apesar das nevascas que atingiram a Costa Leste em fevereiro e afetaram vários setores da economia, segundo o mais recente Livro Bege do Federal Reserve (Fed, banco central americano). Nove dos 12 distritos regionais do Fed informaram que a atividade econômica melhorou, mas em muitos casos os aumentos foram modestos.

O Livro Bege é um sumário da atividade econômica preparada para servir de base para a decisão de política monetária do Comitê Federal de Mercado Aberto do banco central americano, cujo próximo encontro está marcado para 16 de março. O mais recente relatório foi preparado pelo Fed de Kansas City, que reuniu informações sobre as condições econômicas através dos distritos até ou antes de 22 de fevereiro.

O Fed de Richmond informou que a atividade econômica diminuiu ou permaneceu fraca através de muitos setores, em virtude especialmente das condições climáticas severas naquela região em fevereiro. O gasto de consumo, um importante motor do crescimento econômico dos EUA, melhorou ligeiramente em muitos distritos desde o Livro Bege anterior, de 13 de janeiro.

"A atividade industrial se fortaleceu em muitos distritos, particularmente nas indústrias de equipamentos de alta tecnologia, automóveis e metais", diz o relatório. "Entre os informes sobre as expectativas de no curto prazo, a perspectiva do setor industrial era otimista, mas os planos de investimentos permanecem cautelosos." Os distritos de Boston, Chicago, Cleveland, Kansas City, Nova York e Filadélfia reportaram que as expectativas de curto prazo são otimistas, embora as companhias na região de Kansas City estivessem menos otimistas em comparação ao relatório anterior. Apenas os distritos de Boston e Filadélfia informaram que as companhias estavam planejando aumentar os investimentos no ano corrente. Cleveland, Chicago e Kansas City informaram que as expectativas são de continuidade de investimentos modestos.

Imóveis

A atividade nos setores de construção e imóveis comerciais se enfraqueceu ou ficou mais debilitada, segundo o Livro Bege. A demanda por empréstimos também permaneceu fraca e os padrões de empréstimos ainda estavam apertados em todo o país. Os distritos de Nova York, St.Louis e Kansas City informaram que observaram padrões de empréstimos um tanto mais apertados para o financiamento de imóveis comerciais. Nova York observou um aumento no rigor dos padrões para concessão de empréstimos para imóveis comerciais e empresas.

Na semana passada, o presidente do Fed, Ben Bernanke, alertou que os bancos pequenos e regionais podem ficar sob pressão das perdas de empréstimos para imóveis comerciais, obstruindo sua habilidade de conceder empréstimos para pequenas empresas e atingindo a economia mais ampla.

Emprego

O Livro Bege informou que os mercados de mão de obra no geral permaneceram fracos nos EUA, embora algumas áreas tenham reportado um ligeiro aumento nas contratações ou desaceleração nas demissões. Os economistas entrevistados pela Dow Jones preveem uma perda de 75 mil vagas em fevereiro, após uma perda de 20 mil vagas em janeiro. A taxa de desemprego, que é calculada usando uma pesquisa diferente, deve subir para 9,8% em fevereiro, de 9,7% no mês anterior. O Departamento do Trabalho divulgará seu relatório na sexta-feira.

A fraqueza do mercado de mão de obra resultou numa pressão salarial mínima, o que ajudou a manter a pressão de preços limitada, diz o Livro Bege. Contudo, vários distritos do Fed observaram um aumento nos custos de produção em virtude dos preços mais altos das commodities. As informações são da Dow Jones.

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