Economia

Economia espanhola deve contrair 1,3% em 2012, afirma BBVA

A instituição acredita que o crescimento da economia mundial avançará 3,6% este ano e 4% no próximo

Segundo a entidade bancária, a União Europeia deve ter um plano "mais potente" para a união fiscal, assim como uma agenda para o crescimento, e afirma que os países centrais devem estimular a demanda do euro (Dominique Faget/AFP)

Segundo a entidade bancária, a União Europeia deve ter um plano "mais potente" para a união fiscal, assim como uma agenda para o crescimento, e afirma que os países centrais devem estimular a demanda do euro (Dominique Faget/AFP)

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Da Redação

Publicado em 8 de maio de 2012 às 10h18.

Madri - A economia espanhola sofrerá uma contração de 1,3% neste ano, segundo o serviço de estudos do BBVA, que prevê um crescimento de 0,6% em 2013.

Estas previsões, presentes no Relatório "Situação Global" publicado nesta terça-feira pelo BBVA Research, são mais otimistas que as elaboradas pelo Governo espanhol, que supõe uma queda do Produto Interno Bruto (PIB) de 1,7% este ano e um crescimento de apenas 0,2% no ano que vem.

No entanto, o relatório adverte que as tensões financeiras voltaram a aflorar na periferia europeia e afirma que existe a suspeita de que a estratégia de consolidação fiscal acelerada para estes países "possa dar lugar a uma recessão da qual seja difícil sair no médio prazo".

O serviço de estudos do BBVA acrescenta que esta situação colocaria em risco a sustentabilidade da dívida pública de países como a Espanha.

Segundo a entidade bancária, a União Europeia deve ter um plano "mais potente" para a união fiscal, assim como uma agenda para o crescimento, e afirma que os países centrais devem estimular a demanda do euro, já que as ações do BCE "só podem salvar em curto prazo".

Segundo o relatório, a Espanha cumprirá com seu objetivo de déficit de 5,3% do PIB este ano e 3% em 2013, tal como também indica o Executivo.

O BBVA Research prevê uma recessão "suave" em 2012 na zona do euro, mas com muita heterogeneidade e riscos elevados, e estima uma queda de 0,2% do PIB na Eurozona e um crescimento de 0,9% para 2013.

Além disso, a instituição acredita que o crescimento da economia mundial avançará 3,6% este ano e 4% no próximo, empurrado pelo aumento das economias emergentes, sobretudo da Ásia e da América Latina, que continuará crescendo graças ao impulso da atividade no Brasil e no México. 

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