Economia

Economia dos EUA vai precisar de apoio sustentado, diz integrante do Fed

De acordo com Tom Barkin, a recuperação do mercado de trabalho tem sido mais demorada do que ele previa

Para Barkin, é possível reabrir a economia e tentar controlar a covid-19 simultaneamente (Leah Millis/Reuters)

Para Barkin, é possível reabrir a economia e tentar controlar a covid-19 simultaneamente (Leah Millis/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 2 de setembro de 2020 às 09h43.

Última atualização em 2 de setembro de 2020 às 11h02.

Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) vai precisar continuar dando apoio significativo e sustentado à economia americana, diante da lenta recuperação do mercado de trabalho, afirmou o presidente da distrital do Fed em Richmond, Tom Barkin em entrevista ao The Wall Street Journal.

Segundo Barkin, a recuperação do mercado de trabalho tem sido mais demorada do que ele previa porque controlar o novo coronavírus é mais difícil do que se imaginava. A forma como a população lida com os protocolos sanitários será um fator fundamental para determinar a duração de qualquer recuperação, disse ele.

Para Barkin, é possível reabrir a economia e tentar controlar a covid-19 simultaneamente. Ele disse ainda estar otimista de que elevadas taxas de poupança criem o potencial para um grande impulso no consumo, uma vez que as pessoas se sentirem seguras para sair de casa e gastar com bens e serviços.

Barkin comentou também que a atual orientação do Fed, de que os juros serão mantidos próximos de zero até que a economia "supere os eventos recentes", ficará eventualmente desatualizada. "Haverá um momento em que será apropriado atualizar isso", disse. "Não acho que haja urgência, mas admito que (a orientação) é limitada pelo tempo."

Barkin, que não vota nas reuniões de política monetária do Fed neste ano, teme que manter os juros baixos por mais tempo possa levar a "comportamentos arriscados" nos mercados financeiros. Ele ressaltou, porém, que não é o momento de se preocupar com essa possibilidade em meio ao forte aumento do desemprego provocado pela crise do coronavírus. Fonte: Dow Jones Newswires.

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