Economia

Economia dos EUA cresceu em ritmo moderado, diz Fed

O levantamento coletou informações sobre as condições econômicas em 12 distritos do Fed, o que dá aos dirigentes uma noção sobre como o Brexit afetou a economia


	FED: o levantamento coletou informações sobre as condições econômicas em 12 distritos do Fed, o que dá aos dirigentes uma noção sobre como o Brexit afetou a economia
 (Kevin Lamarque / Reuters)

FED: o levantamento coletou informações sobre as condições econômicas em 12 distritos do Fed, o que dá aos dirigentes uma noção sobre como o Brexit afetou a economia (Kevin Lamarque / Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 13 de julho de 2016 às 15h45.

Washington - O voto do Reino Unido para sair da União Europeia (UE) - o chamado Brexit - causou preocupação para os negócios em certas regiões dos Estados Unidos, de acordo com o Livro Bege, relatório sobre as condições econômicas regionais divulgado pelo Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) nesta quarta-feira.

O voto pelo Brexit foi um fator nas últimas semanas pelo menos em três áreas. Entretanto, no geral, o relatório mostrou que a economia norte-americana está crescendo em um ritmo modesto.

Na região de Dallas, por exemplo, "as perspectivas foram positivas, no geral, mas mais cautelosas, com a proximidade das próximas eleições para presidente e o Brexit liderando algumas das incertezas", de acordo com o relatório.

O levantamento coletou informações sobre as condições econômicas até 1o de julho em 12 distritos do Fed, o que dá aos dirigentes da instituições uma noção sobre como o voto pelo Brexit afetou a economia dos EUA.

O relatório é divulgado duas semanas antes da próxima reunião de política monetária do Fed, que ocorre nos dias 26 e 27 de julho.

Na região de Chicago, "os participantes do mercado financeiro relataram um aumento significativo na volatilidade, levado principalmente pelo Brexit". Em Boston, duas empresas de tecnologia citaram as consequências do Brexit como um '"fator potencialmente desestabilizador", enquanto que um contato do mercado imobiliário da região afirmou que a instabilidade na Europa pode impulsionar o investimento estrangeiro nos EUA.

Ao mesmo tempo, os relatórios de diversos Fed regionais não mencionaram o Brexit ou seu potencial impacto na economia.

O Fed apontou um crescimento econômico modesto ou moderado na maioria dos seus 12 distritos. Contatos na região de Cleveland relataram um "nível constante" da atividade econômica.

"A perspectiva foi geralmente positiva na maior parte dos segmentos da economia, incluindo as vendas no varejo, manufatura e setor imobiliário", disse o relatório. "Distritos reportaram esperar que o crescimento geral continue modesto."

O levantamento mostrou que o emprego continuou crescendo modestamente, com forte demanda por mão de obra qualificada. As empresas informaram estar encontrando dificuldades para preencher posições de serviços de tecnologia da informação, biotecnologia e saúde - empurrando para cima os salários nessas áreas.

Os gastos com consumo mostraram sinais de abrandamento, segundo o relatório, e as pressões de inflação desconsiderando os salários "permanecem leves".

A atividade fabril foi "mista, mas em geral melhorou entre os distritos", disse o relatório.

O setor imobiliário residencial se fortaleceu, com as vendas aumentando apesar dos estoque limitado. A atividade imobiliária comercial ficou estável ou melhorou em quase todos os distritos.

A procura global de crédito aumentou, mas variou em todo o país. Financiamento imobiliário, especificamente, variou de uma "expansão anêmica em Dallas a um forte crescimento em St. Louis", disse o relatório.

A maioria dos distritos relatou preços mais elevados para suas principais culturas no momento, apontou o Livro Bege. Fonte: Dow Jones Newswires.

Acompanhe tudo sobre:BrexitEstados Unidos (EUA)Fed – Federal Reserve SystemMercado financeiroPaíses ricos

Mais de Economia

Câmara aprova projeto do governo que busca baratear custo de crédito

BB Recebe R$ 2 Bi da Alemanha e Itália para Amazônia e reconstrução do RS

Arcabouço não estabiliza dívida e Brasil precisa ousar para melhorar fiscal, diz Ana Paula Vescovi

Benefícios tributários deveriam ser incluídos na discussão de corte de despesas, diz Felipe Salto