Nicolás Maduro: mais da metade do PIB foi perdido como consequência de um modelo fracassado que vige no país há décadas, afirmou parlamentar (Palácio de Miraflores/Reuters)
EFE
Publicado em 28 de novembro de 2018 às 16h11.
Última atualização em 30 de novembro de 2018 às 13h18.
Caracas - A atividade econômica da Venezuela caiu 53% desde que Nicolás Maduro foi eleito presidente do país, em 2013, disse nesta quarta-feira, 28, a Comissão de Finanças do Parlamento, de maioria opositora, que também informou que durante o terceiro trimestre deste ano houve uma contração de 29,8%.
A informação foi dada pelo Parlamento venezuelano porque o Banco Central está há três anos sem oferecer dados sobre os índices econômicos do país, algo que é interpretado pelo Legislativo como uma "política de ocultação" para não evidenciar a crise.
Em entrevista coletiva, o membro da Comissão de Finanças Ángel Alvarado indicou que este índice é o mais próximo que o Parlamento pode oferecer sobre o comportamento do Produto Interno Bruto (PIB) e que a depressão econômica é consequência da queda da produção petrolífera, a hiperinflação e a falta de investimentos.
"Mais da metade do PIB foi perdido como consequência destas medidas que mencionei anteriormente e como consequência de um modelo fracassado que está no controle, que não gera incentivos e o empobrecimento do venezuelano", disse Alvarado ao enfatizar que a crise do país é parecida com a vivida por países com guerras civis.
Segundo ele, esta depressão econômica é a mais longa e "a pior já vivida no continente americano" e com a queda de 53% "a Venezuela entra no top 10, entre os dez piores colapsos econômicos da história".