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Economia da Alemanha vai estagnar, mas não haverá recessão, diz BC

A Alemanha escapou de uma recessão no trimestre passado com uma expansão trimestral de 0,1%

Alemanha: " Não há razão para temer que a Alemanha entre em recessão", disse Bundesbank (Sean Gallup/Getty Images)

Alemanha: " Não há razão para temer que a Alemanha entre em recessão", disse Bundesbank (Sean Gallup/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 18 de novembro de 2019 às 10h27.

Frankfurt — O crescimento na Alemanha, a maior economia da Europa, permanecerá fraco no quarto trimestre, mas não existem motivos para temer uma recessão e há sinais de que as perspectivas para seu vasto setor industrial podem estar se estabilizando, disse o banco central alemão nesta segunda-feira.

A Alemanha escapou de uma recessão no trimestre passado com uma expansão trimestral de 0,1%, melhor do que o projetado, mas o número provavelmente indicou estabilização e não uma recuperação, uma vez que os setores focados na exportação continuam sofrendo.

"A desaceleração da economia alemã provavelmente continuará no quarto trimestre de 2019", disse o Bundesbank em relatório econômico mensal. "No entanto, não é provável que se intensifique acentuadamente. Como as coisas estão atualmente, a produção econômica geral pode mais ou menos estagnar".

Uma guerra comercial global, a desaceleração da China e a mudança nos hábitos do consumidor empurraram a indústria alemã para a recessão, mas a economia doméstica permaneceu inesperadamente resiliente.

Parte da explicação é que as empresas mantêm seus funcionários mesmo em tempos difíceis, por medo de terem dificuldades para encontrar trabalhadores qualificados quando a crise passar.

"Do ponto de vista atual, não há razão para temer que a Alemanha entre em recessão", acrescentou o Bundesbank.

O banco central também observou que existem alguns sinaisde estabilização na demanda industrial, e disse que a economia doméstica provavelmente continuará dando impulso.

"Como o mercado de trabalho provavelmente permanecerá bastante robusto e os salários deverão crescer consideravelmente, as perspectivas de renda das famílias devem permanecer favoráveis", acrescentou.

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