Bandeiras de países que fazem parte do Mercosul (Norberto Duarte/AFP)
Da Redação
Publicado em 25 de setembro de 2011 às 08h45.
São Paulo - O presidente da União Industrial Argentina, José de Mendiguren, admitiu neste sábado que uma eventual desaceleração da economia brasileira preocupa os industriais argentinos, que acompanham atentamente a situação do principal motor do Mercosul.
"O pior cenário para nós é que o Brasil deixe de crescer, porque em qualquer área de produção a diferença (de volume) é de 5 para 1 com a Argentina", disse De Mendiguren à Rádio El Mundo.
O empresário do setor têxtil estimou que atrás das turbulências nos mercados financeiros internacionais "temos um problema dentro da região, no Brasil, e estamos monitorando isto dia a dia".
"Estamos unidos a eles, muito ligados a esta economia", explicou o empresário para justificar os temores gerados pela queda do real em relação ao dólar esta semana, o que traz o temor de uma avalanche de produtos brasileiros no mercado argentino.
"É preciso esperar um pouco porque (a queda do real) pode ser uma medida conjuntural diante da turbulência que o mundo enfrentou esta semana".
O real fechou a semana cotado a 1,849 dólar, com alta acumulada de 6,71%.
A ministra argentina da Indústria, Débora Giorgi, anunciou na semana passada que os dois países analisam medidas cambiais e tarifárias para enfrentar os efeitos da crise mundial.