Economia

Economia brasileira inicia 2º tri com crescimento, mostra BC

Resultado ainda insuficiente para levar os agentes econômicos a cravarem que está em curso uma recuperação mais consistente da atividade


	Linha de produção de sandálias Havaianas, na fábrica da São Paulo Alpargatas: produção industrial subiu 1,8 por cento em abril sobre março, para marcar o segundo mês seguido de crescimento
 (Divulgação)

Linha de produção de sandálias Havaianas, na fábrica da São Paulo Alpargatas: produção industrial subiu 1,8 por cento em abril sobre março, para marcar o segundo mês seguido de crescimento (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 14 de junho de 2013 às 11h01.

São Paulo - A economia brasileira iniciou o segundo trimestre com expansão, mostrou o Banco Central nesta sexta-feira, com o seu indicador de atividade registrando alta de 0,84 por cento em abril ante o mês anterior, mas ainda insuficiente para levar os agentes econômicos a cravarem que está em curso uma recuperação mais consistente da atividade.

O dado dessazonalizado de abril do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) ficou um pouco acima das expectativas de analistas consultados pela Reuters com alta mensal de 0,80 por cento, mas mostrou desaceleração sobre o resultado de março, quando teve crescimento mensal de 1,07 por cento, número revisado de alta de 0,72 por cento..

"Os números de abril do IBC-Br sugerem que o PIB do segundo trimestre pode ser melhor do que o observado no primeiro trimestre", afirmou o economista-chefe do banco Fator, José Francisco Gonçalves, por meio de nota.

Na comparação com abril de 2012, o IBC-Br --uma espécie sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB)-- avançou 4,85 por cento, e acumula em 12 meses alta de 1,66 por cento, segundo os dados dessazonalizados do BC.

O desempenho da indústria e do varejo, que mostraram recuperação em abril, ajudaram na alta do IBC-Br no mês, mas o cenário pode não se sustentar.

"Nós esperamos algum retrocesso em maio sobre os dados sólidos de abril (produção industrial deve se contrair em maio)", escreveu em relatório o diretor de pesquisa do Goldman, Sachs para América Latina, Alberto Ramos.

A produção industrial subiu 1,8 por cento em abril sobre março, para marcar o segundo mês seguido de crescimento, enquanto que as vendas no varejo avançaram apenas 0,5 por cento no período, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Mais otimista, o diretor de Pesquisas e Estudos Econômicos do Bradesco, Octavio de Barros, considerou que o resultado do IBC-Br aponta aceleração da economia no segundo trimestre.

"O indicador reforça a percepção de aceleração na margem da economia brasileira neste segundo trimestre. Esperamos alta de 0,9 por cento no período, após expansão de 0,6 por cento registrada nos primeiros três meses deste ano", escreveu ele.

A economia brasileira mostrou sinais de que ainda cambaleava no primeiro trimestre ao crescer apenas 0,6 por cento, abaixo do esperado, segundo os dados do PIB divulgados pelo IBGE.

O resultado oficial ficou bem abaixo daquele apontado pelo IBC-Br, segundo o qual o primeiro trimestre mostrou expansão de 1,22 por cento ante os três meses imediatamente anteriores, em dado também revisado após crescimento de 1,05 por cento reportado antes.

O desempenho ruim da indústria e do consumo recentemente afetou a atividade, apesar das diversas medidas de estímulo adotadas pelo governo, e consolidou as apostas de que o crescimento do PIB não atingirá 3 por cento neste ano, com economistas já falando em cerca de 2,5 por cento.

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