Economia

Economia brasileira gera empregos de A a Z

Dados do Ministério do Trabalho apontam resultados positivos em todos os setores e em todas as regiões

Emprego formal vai bater recorde em 2010 (.)

Emprego formal vai bater recorde em 2010 (.)

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Da Redação

Publicado em 21 de junho de 2010 às 18h33.

São Paulo – O saldo na geração de empregos formais, em maio, foi positivo em todos os setores, segundo os números do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) divulgados nesta segunda-feira (21) pelo Ministério do Trabalho. Os destaques são construção civil, agricultura, comércio, indústria de transformação e serviços.

Setor de atividade econômicaMaio (var. absoluta)Maio (var. relativa %)Janeiro a maio (var. absoluta)Janeiro a maio (var. relativa %)
Indústria extrativa1.9591,117.3604,30
Indústria da transformação62.2200,81349.6634,71
Serviços industriais de utilidade pública9580,278.7232,48
Construção civil39.0821,61205.1949,07
Comércio43.4650,58117.5041,59
Serviços86.1040,64432.5783,28
Administração pública2.0060,2619.6632,66
Agricultura, silvicultura etc.62.2474,10119.6838,19
Total298.0410,881.260.3683,82
Fonte: CAGED | Elaboração: EXAME.com

 

Cinco dados setoriais merecem destaque:

1) O resultado do setor de serviços, líder em número absoluto (+ 86.104 postos), é recorde para o mês de maio e supera em 49% a marca até então líder registrada em 2005;
2) Em termos percentuais, a agricultura teve o melhor desempenho do mês (4,10%);
3) A indústria de transformação manteve um ritmo crescente, puxada pelas fábricas de produtos alimentícios e de produtos têxteis;
4) Pelo terceiro mês consecutivo, o comércio apresentou geração recorde de empregos formais;
5) A construção civil segue muito aquecida, com cinco meses seguidos de marcas históricas.

Regiões

Do ponto de vista geográfico, os dados também são muito positivos nas cincos regiões, sendo que o Nordeste (+45.827 postos ou +0,89%), o Sul (+34.080 postos ou +0,55%) e o Norte (+11.959 postos ou +0,83%) apresentaram recordes. Das 27 unidades federativas, apenas Amapá e Roraima não fecharam no azul.

Nenhum analista tem dúvidas de que o Brasil vai superar neste ano a marca histórica de 2007 (1,617 milhão de vagas). O governo projeta 2,5 milhões. Esse tipo de emprego formal gera mais efeitos na economia do que simplesmente um aumento na renda familiar. A estabilidade proporcionada por uma assinatura na carteira de trabalho encoraja a busca por crédito, sem o receio de que o endividamento de hoje se transforme na inadimplência de amanhã. Não é à toa que o consumo cresce num ritmo chinês.

Nesta quarta-feira (23), o Banco Central divulga a Nota de Crédito de maio. Os analistas terão a possibilidade de avaliar o ritmo de expansão dos financiamentos e eventuais impactos do ciclo de aperto monetário iniciado em abril. São ingredientes que vão indicar o rumo dos juros. Por enquanto, há apenas uma certeza: os efeitos benéficos da forte expansão econômica estão sendo sentidos em todas as regiões e em todos os setores, de A a Z.

Leia mais: Especialista prevê mais de 2 milhões de empregos em 2010

 

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