Economia

Economia argentina retrai 5,4% no 1º trim., abalada por coronavírus

País está em recessão há dois anos e deve enfrentar uma retração econômica ainda mais profunda pela frente, com queda de mais de 10% no acumulado do ano

Peso argentino: produção industrial da Argentina despencou 33,5% em abril, queda mais acentuada desde os anos 1990 (Marcos Brindicci/Reuters)

Peso argentino: produção industrial da Argentina despencou 33,5% em abril, queda mais acentuada desde os anos 1990 (Marcos Brindicci/Reuters)

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Reuters

Publicado em 23 de junho de 2020 às 17h58.

Última atualização em 23 de junho de 2020 às 18h11.

A economia da Argentina contraiu 5,4% nos três primeiros meses de 2020, informou a agência de estatísticas do governo nesta terça-feira, o pior trimestre em um ano, conforme o importante produtor de grãos foi prejudicado pelo impacto da pandemia global de coronavírus.

A nação sul-americana, que já está em recessão há dois anos, deve enfrentar uma retração econômica ainda mais profunda pela frente, com economistas prevendo queda de mais de 10% no acumulado do ano, depois de as autoridades imporem severo bloqueio em meados de março.

A produção industrial da Argentina despencou 33,5% em abril, queda mais acentuada desde os anos 1990.

O bloqueio, que continua em vigor na capital Buenos Aires e nos arredores, golpeou a demanda doméstica e forçou o governo a aumentar gastos públicos para evitar a crescente pobreza.

Isso elevou o déficit fiscal, em meio ao tombo na receita tributária pública, preocupação para o governo de centro-esquerda do país, que procura corrigir suas finanças e reestruturar dívidas que atualmente não pode pagar.

A Argentina, terceira maior economia da América Latina, está se aproximando de 50.000 casos confirmados de novas infecções por coronavírus, com mais de 1.000 mortes, e novos casos aumentaram acentuadamente no último mês.

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