Economia

Economia americana pode encolher até 24% no 2º tri, diz Goldman Sachs

Relatório também aponta que a economia deve começar a ser recuperar gradativamente a partir do mês de abril

Estados Unidos: economia americana pode ter retração recorde em decorrência do novo coronavírus (Brendan McDermid/Reuters)

Estados Unidos: economia americana pode ter retração recorde em decorrência do novo coronavírus (Brendan McDermid/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 22 de março de 2020 às 15h16.

Última atualização em 22 de março de 2020 às 20h37.

O banco Goldman Sachs prevê uma queda de até 24% no PIB americano, no segundo trimestre de 2020, em decorrência da pandemia do novo coronavírus. Caso a previsão se comprove, significaria uma retração recorde para os EUA.

Só em abril, pelos cálculos da instituição, os EUA podem registrar uma queda de 10% em sua atividade. Parte desse recuo seria devolvida nos meses seguintes, levando a uma contração de 3,8% no ano inteiro.

"A paralisação repentina da economia americana como resposta ao novo coronavírus não tem precedentes, e as informações que já recolhemos durante a última semana fortalecem que uma desaceleração dramática da economia já está, de fato, ocorrendo", escreveu Jan Hatzius, do Goldman Sachs, em relatório enviado na última sexta (20). Sua mensagem foi reproduzida pela Business Insider.

São três as principais razões para a desaceleração econômica, segundo o relatório:

As últimas notícias da pandemia do novo coronavírus

 

A primeira delas é que os setores de serviços e comércios que necessitam de contato presencial entre clientes e vendedores sofram um impacto ainda maior que o esperado por causa da quarentena imposta contra a pandemia.

A segunda é uma contração ainda maior da indústria, devido a fábricas fechadas para evitar que o coronavírus se espalhe e à falta de peças em algumas áreas.

E a última é a queda na atividade da construção civil e no setor imobiliário, seguindo tendência que começou na Ásia.

Ainda de acordo com o Goldman Sachs, a previsão é que a economia comece a se recuperar gradativamente a partir de abril. "Embora haja incertezas sobre o prazo exato e mudanças são plausíveis, a expectativa é de uma gradual recuperação", completou o relatório.

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