Economia

Economia alemã desacelera com queda de investimento

O Produto Interno Bruto da Alemanha desacelerou de uma expansão de 0,5% no primeiro trimestre


	"O crescimento alemão continua bem equilibrado, mas sinais de enfraquecimento estão aumentando", afirmou Carsten Brzeski do ING
 (Sean Gallup/Getty Images)

"O crescimento alemão continua bem equilibrado, mas sinais de enfraquecimento estão aumentando", afirmou Carsten Brzeski do ING (Sean Gallup/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 23 de agosto de 2012 às 08h05.

Berlim - O crescimento econômico da Alemanha desacelerou para 0,3 por cento no segundo trimestre devido a uma forte queda em investimentos, o que se soma a evidências de que não se pode mais depender da maior economia da Europa para tirar a zona do euro de uma forte retração.

O Escritório Alemão de Estatísticas confirmou a estimativa preliminar, mostrando que o Produto Interno Bruto (PIB) da Alemanha desacelerou de uma expansão de 0,5 por cento no primeiro trimestre, ao passo que o investimento bruto de capital recuou 0,9 por cento, subtraindo 0,2 ponto percentual do crescimento total.

"O crescimento alemão continua bem equilibrado, mas sinais de enfraquecimento estão aumentando", afirmou Carsten Brzeski do ING.

Brzeski afirmou que a forte queda em encomendas de outros Estados da zona do euro mostrou que a crise já atingiu a economia alemã.

Dados divulgados na semana passada mostraram que o crescimento da Alemanha não foi suficiente para salvar a zona do euro de uma contração no segundo trimestre. A economia do bloco monetário encolheu 0,2 por cento, depois de ter ficado estável nos três primeiros meses do ano.

Entretanto, a economia da Alemanha tem se mantido resiliente durante a crise da dívida de três anos da Europa que atingiu seus parceiros, e continua sendo o ponto forte da região.

Dados divulgados nesta quinta-feira também mostraram que o sólido crescimento econômico ajudou a Alemanha a registrar um superávit orçamentário de 0,6 por cento do PIB no primeiro semestre do ano, depois de registrar um déficit de 0,6 por cento na primeira metade de 2011.

Além disso, as exportações alemãs cresceram 2,5 por cento no segundo trimestre, apesar do declínio da demanda da zona do euro, ajudando as transações comerciais líquidas a acrescentarem 0,3 ponto percentual no crescimento total.

Os gastos do governo subiram 0,2 por cento e o consumo privado avançou 0,4 por cento.

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