Economia

Dudley sinaliza alta dos juros pelo Fed este ano

O presidente do Fed de Nova York, William Dudley, acrescentou que uma alta de 0,25 ponto percentual este ano "não é de fato grande coisa"

William Dudley: ele minimizou qualquer risco relacionado ao mercado em função de um esperado aperto da política monetária (Scott Eells/Bloomberg)

William Dudley: ele minimizou qualquer risco relacionado ao mercado em função de um esperado aperto da política monetária (Scott Eells/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 20 de outubro de 2016 às 09h27.

Nova York - O Federal Reserve provavelmente vai elevar a taxa de juros neste ano se a economia dos Estados Unidos continuar nos trilhos, afirmou na quarta-feira uma das autoridades mais influentes do banco central do país.

"Se a economia permanecer em sua atual trajetória acho...que veremos uma alta dos juros mais tarde neste ano", afirmou o presidente do Fed de Nova York, William Dudley, em um jantar, minimizando qualquer risco relacionado ao mercado em função de um esperado aperto da política monetária em dezembro.

Dudley, que é votante permanente e aliado próximo da chair do Fed, Janet Yellen, acrescentou que uma alta de 0,25 ponto percentual este ano "não é de fato grande coisa" dado que a economia está "razoavelmente perto" das metas do Fed de inflação de 2 por cento e emprego máximo sustentável.

Questionado sobre o risco de elevar os juros em dezembro em um momento em que os fundos de investimento desfazem suas apostas e os bancos reduzem suas carteiras para o fim do ano, Dudley - que supervisiona as operações de mercado do Fed - afirmou que "definitivamente não está preocupado com o timing" dado que o Fed elevou tranquilamente a taxa de juros em dezembro passado. Essa foi a primeira vez em quase uma década que o banco central aumentou a taxa.

"Temos feito progressos muito bons na direção de nossos objetivos... portanto claramente conforme nos aproximamos de nossos objetivos é provável que queiramos tornar a política monetária um pouco menos acomodativa", disse ele.

"Isso é bem diferente de dizer que há essa urgência em apertar a política monetária agressivamente", completou. "Não vejo essa urgência" porque o desemprego permaneceu recentemente estável em torno de 5 por cento, a inflação ainda está abaixo da meta e também por causa da taxa de crescimento da economia abaixo do potencial.

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