Economia

Draghi: Zona do euro caminha para recuperação no 2º semestre

Presidente do Banco Central Europeu afirmou que a consolidação orçamentária na zona do euro vai acarretar em um impacto econômico no curto prazo


	Mario Draghi, presidente do BCE: "recuperação para boa parte da zona do euro certamente começará na segunda metade de 2013", disse à rádio Europe 1
 (Johannes Eisele/AFP)

Mario Draghi, presidente do BCE: "recuperação para boa parte da zona do euro certamente começará na segunda metade de 2013", disse à rádio Europe 1 (Johannes Eisele/AFP)

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Da Redação

Publicado em 30 de novembro de 2012 às 08h09.

Paris - O presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, afirmou nesta sexta-feira que a consolidação orçamentária na zona do euro vai acarretar em um impacto econômico no curto prazo, mas que o bloco está a caminho de uma recuperação no segundo semestre de 2013.

"Nós ainda não saímos da crise", disse Draghi à rádio Europe 1. "A recuperação para boa parte da zona do euro certamente começará na segunda metade de 2013." "É verdade que a consolidação orçamentária implica numa contração de curto prazo da atividade econômica, mas essa consolidação orçamentária é inevitável", afirmou Draghi, falando por meio de um tradutor.

Draghi, em Paris para uma conferência com autoridades financeiras, disse que os governos da zona do euro têm que avançar com a implementação de uma união bancária que deve ser aplicada a todos os bancos para evitar fragmentação do setor.

Berlim informou anteriormente que a supervisão bancária unificada sob a égide do BCE deve se aplicar apenas aos maiores bancos do bloco.

Para conseguir uma integração mais profunda, os Estados-membros da zona do euro devem aceitar ceder mais soberania enquanto implementam reformas estruturais para reduzir a rigidez nos mercados de serviços e de trabalho, notavelmente a França e a Itália, acrescentou Draghi.

A agência de classificação de risco Standard & Poor's cortou o rating de crédito "AAA" de seis Estados da zona do euro em janeiro, e a Moody's rebaixou o rating da França em uma nota este mês para "Aa1".

Draghi disse que embora os rebaixamento não tivessem um impacto imediato nos custos de empréstimo, eles eram um sinal para os governos que deve ser levado a sério.

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